O senador e pré-candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves (Orlando Brito / PSDB)
Da Redação
Publicado em 2 de junho de 2014 às 11h45.
São Paulo - O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, disse nesta segunda-feira, 02, que a inflação, em sua eventual gestão, terá tolerância zero.
"O centro da meta é que vamos buscar e não o teto. No primeiro ano podemos estreitar as bandas, que hoje são excessivamente largas". Segundo ele, previsibilidade e regras claras "é o que vamos fazer".
Com relação ao etanol, o tucano disse que é preciso ter metas para a matriz de combustível. "É importante para darmos segurança aos que investiram neste setor e viram isso se perder", comentou.
Ao falar do Ministério das Relações Exteriores, Aécio criticou o aparelhamento que está ocorrendo neste setor e em outros. Ele também se disse preocupado com as propostas de controle dos meios de comunicação em estudo pelo PT.
"Controle dos meios de comunicação é censura. A liberdade de imprensa é o maior valor numa sociedade democrática. E me preocupo porque este controle poderá ocorrer em outras áreas."
Menos ministérios
Aécio adianotu que pretende reduzir pela metade o número de ministérios, caso seja eleito. "Criarei uma única secretaria para simplificar a questão tributária".
Segundo o senador, a primeira questão a resgatar são as agências reguladoras, profissionalizando-as. "As agências entraram na cota política, com baixa qualificação", disse.
Ainda de acordo com o pré-candidato, o próximo presidente vaio herdar inflação alta, crescimento baixo e perda de credibilidade. Para Aécio, o custo do intervencionismo absurdo e equivocado (em energia) será pago por "todos nós".
Ainda de acordo com Aécio, infelizmente o Brasil não planejou os investimentos de sua matriz energética. "Nos preocupa a incapacidade do governo, que trouxe consequências perversas à Petrobras".
Na visão de Aécio o governo de Dilma Rousseff também não teve capacidade para gerir o setor do agronegócio.
O PIB, disse, só não foi mais vexatório porque ninguém é mais produtivo que o Brasil no agronegócio. "O governo trata de forma pouco amistosa o capital privado", disse Aécio.