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Para governistas, decisão do TCU tira interesse em CPIs

Tribunal decidiu inocentar a presidente Dilma do processo de compra da refinaria de Pasadena


	Parlamentares reunidos durante a CPI da Petrobras, no Congresso
 (Valter Campanato/Agência Brasil)

Parlamentares reunidos durante a CPI da Petrobras, no Congresso (Valter Campanato/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2014 às 08h38.

São Paulo - A decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de isentar a presidente Dilma Rousseff e demais integrantes do Conselho de Administração da Petrobras à época da compra da refinaria de Pasadena, em 2006, deve esvaziar o interesse dos parlamentares de oposição nas duas CPIs criadas para investigar a estatal, sugeriram, na quinta-feira, 24, governistas.

"Diminuindo a expectativa da oposição em tentar atingi-la (Dilma), não sei se vão manter o empenho", afirmou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE).

Em ano eleitoral, a base aliada e a oposição já haviam feito um acordo - revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo em maio - de blindar empresas envolvidas no escândalo que mantêm contratos com a estatal.

O entendimento foi comprovado em reunião da CPI semana passada, quando, após conversa de deputados e senadores, acertou-se pela abertura dos sigilos apenas do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, sem esbarrar em potenciais doadores da campanha.

Para o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), as CPIs morreram já no início em razão do controle governista das apurações.

O relator da CPI mista, deputado Marco Maia (RS), disse que as investigações vão continuar até o fim do ano.

"Talvez a oposição tenha perdido o interesse na CPI porque o único objetivo de alguns deputados e senadores era que ela pudesse influenciar no resultado eleitoral de outubro", afirmou o petista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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