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Para Bolsonaro, renúncia de Temer é a melhor saída

O deputado afirmou ainda que, nesse caso, o novo presidente deveria ser escolhido por meio de eleições indiretas

Jair Bolsonaro: "A solução mais indicada é ele renunciar, pois é mais rápido" (Antonio Cruz/ABr/Agência Brasil)

Jair Bolsonaro: "A solução mais indicada é ele renunciar, pois é mais rápido" (Antonio Cruz/ABr/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de maio de 2017 às 16h22.

Última atualização em 18 de maio de 2017 às 17h13.

São Paulo - Pré-candidato à Presidência da República, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) defendeu nesta quinta-feira, 18, a renúncia de Michel Temer (PMDB) como a melhor solução para crise do país, caso os áudios da conversa entre o presidente com o empresário Joesley Batista, sócio da JBS, confirmem as acusações contra Temer.

"A solução mais indicada é ele renunciar, pois é mais rápido."

Bolsonaro afirmou ainda que, nesse caso, o novo presidente deve ser escolhido por meio de eleições indiretas. O deputado se disse contrário à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da eleição direta. ""Não pode ter casuísmo."

Bolsonaro estava em Florianópolis, em mais uma de suas viagens pelo País nas quais tenta tornar viável sua candidatura presidente em 2018.

Por enquanto, Bolsonaro afirmou que não deve ser candidato em caso de eleição indireta.

"Não tenho um grande apoio entre os parlamentares e não vou concorrer para pagar um mico."

Somente no caso de ele conseguir reunir apoio suficiente, é que uma candidatura indireta poderia ser apresentada. Por enquanto, Bolsonaro acredita poder contar com apenas uma quinzena de votos de seus colegas.

O pré-candidato afirmou que ficou surpreso com as denúncias contra Michel Temer e o senador Aécio neves (PSDB-MG).

"Em 2014, meu antigo partido (PP) quis colocar na minha conta de campanha dinheiro da JBS. Eu recusei. Vi que tinha maracutaia. A contrapartida não era só votar com o governo, era não assinar CPI. Esse escândalo vai mais longe. Você olha para cara dos caras no Congresso todo dia e vê o que está acontecendo", concluiu.

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