Paulo Skaf, candidato do PMDB ao Governo de São Paulo, almoça no restaurante Bom Prato do Brás (Wlliam Volcov/Divulgação Via Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2014 às 19h16.
São Carlos - A campanha do candidato do PMDB ao governo estadual, Paulo Skaf, já torce por um "empurrão" do PT para levar o peemedebista ao segundo turno contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição.
Ao lado do candidato em caminhada pelas ruas de Rio Claro, interior paulista, nesta segunda-feira, 22, o presidente estadual do PMDB, deputado Baleia Rossi, afirmou que o candidato petista, Alexandre Padilha, deve chegar a pelo menos 15% nas pesquisas, tirando votos de Alckmin.
"Esse é o patamar mínimo do PT, que tem uma presença histórica em São Paulo", disse Rossi, também candidato a um novo mandato.
Skaf não comentou a opinião do líder de seu partido e preferiu cobrar da militância um esforço nas duas semanas que faltam para o primeiro turno.
"Falta um pouquinho, mas estas duas últimas semanas é que valem. As coisas esquentam para valer a partir de agora." Ele lembrou que o PMDB tem quadros para melhorar seu desempenho nas pesquisas.
"São mais de 400 candidatos a deputado." O prefeito de Rio Claro, Du Altimari, também do PMDB, confirmou a expectativa de um crescimento de Padilha. "O PT não fica com 10% em São Paulo. O Padilha vai subir e levar o Skaf para o segundo turno."
O prefeito acompanhou Skaf numa caminhada por ruas comerciais do centro. O peemedebista tomou café com salgadinho numa padaria, tirou fotos e cumprimentou lojistas e transeuntes. A alguns motoristas, ele pediu desculpas pela confusão no trânsito.
"Estou acostumado a não atrapalhar a vida de ninguém", disse. Algumas pessoas pegaram propaganda e jogaram logo depois. A aposentada Conceição Gobatto, de 83 anos, guardou a foto do candidato. "Vejo na TV e me parece um senhor muito sério."
Durante a entrevista, perguntado sobre a aliança com o PP do deputado Paulo Maluf e a participação na sua campanha do ex-governador Luiz Antonio Fleury Filho, o candidato do PMDB disse que está olhando para o futuro.
"Não adianta os adversários contarem história de 25 anos atrás. A história antiga é a história deles, desse governador está aí há vinte anos e quer ficar mais quatro, mas no Estado todo você só ouve reclamações deles."
Bom prato
Pela manhã, Skaf visitou o restaurante Bom Prato, no bairro do Brás, na capital, e enfrentou cobrança de camelôs e sem-teto. Ele comeu junto um bandejão com arroz, feijão, carne e repolho com os frequentadores e, destes, ouviu elogios ao programa do governo estadual.
Skaf prometeu que, se eleito, vai ampliar o programa social, que oferece refeições a R$ 1, e servir também jantar. Sobre as reclamações de camelôs e sem-teto, atribuiu à ausência do Estado.
"Falta quase 1,4 milhão de casas no Estado e o povo reclama com razão. O governador promete muito e faz pouco", disse.