Antonio Anastasia: "Se o senador Aécio Neves vier a ser indicado presidente, será positivo para o partido", afirmou o governador (Renato Araujo/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 19 de março de 2013 às 10h03.
São Paulo - O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), defendeu ontem a eleição de Aécio para a presidência da sigla como "um passo importante" na estratégia para a eleição presidencial de 2014, e também como um "fator de renovação das ideias e avanço cada vez maior do partido".
O governador disse acreditar em uma composição das correntes partidárias em torno do nome de Aécio para suceder o deputado Sérgio Guerra (PE) no comando do partido, e fortalecer sua pré-candidatura. A eleição para escolher o novo presidente do PSDB será em maio.
"Se o senador Aécio Neves vier a ser indicado presidente, será positivo para o partido. Ele vai percorrer o País levantando as bandeiras do PSDB e discutindo os temas nacionais mais relevantes. Acho que haverá grande unidade em torno do senador Aécio Neves. Quando chegarmos em maio (mês da convenção do PSDB) vai estar tudo bem avançado, teremos uma composição", afirmou o governador.
Aliados de Aécio afirmam que não há hipótese de o senador abrir mão da presidência do PSDB para contemplar Serra. Eles alegam que o cargo é fundamental para que o mineiro assuma formalmente o papel de porta-voz da oposição (tanto na tribuna do Senado quanto em entrevistas para a imprensa) e para que articule pessoalmente a formação de palanques estaduais que darão sustentação a sua candidatura à Presidência.
"O PSDB está na oposição na esfera federal há 12 anos. Temos que traçar, de maneira muito firme, com muita objetividade, tranquilidade, serenidade e muito realismo quais são nossas metas e propósitos para a eleição presidencial de 2014. E acho que passa pela eleição do senador Aécio presidente do partido - claro que ouvindo e respeitando todas as lideranças importantes. Acho que chegaremos a uma boa unidade em maio, sou otimista", declarou Anastasia.
O governador mineiro disse não acreditar na saída de Serra do PSDB. "É uma questão de foro íntimo, mas não acredito. É uma especulação que se faz. Ele (Serra) é fundador, muito identificado e um elemento muito importante para o partido."