Obras no estádio em Manaus: o ministro destacou também que as obras estão seguindo os cronogramas estabelecidos junto à Fifa (Monitoramento/Ministério do Esporte)
Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2012 às 16h31.
Brasília - O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou nesta terça-feira quu alguns estádio construídos ou reformados para a Copa do Mundo de 2014 podem ter sua administração repassada para o setor privado para que o evento não deixe alguns "elefantes brancos".
Em entrevista coletiva concedida a correspondentes estrangeiros, Rebelo revelou que administradores de arenas esportivas de todo o mundo manifestaram interesse na gestão de alguns estádios brasileiros que receberão partidas do Mundial.
Atualmente, dos 12 estádios em que ocorrerão jogos da Copa, os de seis cidades são administrados por governos estaduais - Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Brasília, Natal e Manaus. No caso das três últimas, nem sequer há equipes na elite.
Apesar do risco de não haver partidas da primeira divisão nesses locais, Rebelo ressaltou se tratar de arenas multiuso, que ficarão preparadas para realizar grandes eventos esportivos e também artísticos, além de que contarão com centros de convenções, restaurantes e núcleos comerciais, que garantirão sua utilização e darão um caráter sustentável às obras.
O ministro destacou também que as obras estão seguindo os cronogramas estabelecidos junto à Fifa visando o Mundial e a Copa das Confederações, que acontecerá em 2013, a princípio, nas cidades de Belo Horizonte, Brasília, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e Fortaleza.
Quanto à segurança, o Rebelo lembrou que o Brasil já tem experiência com grandes celebrações e citou como exemplo os carnavais do Rio, da Bahia e de Pernambuco, que a cada ano atraem milhões de turistas estrangeiros e são realizados habitualmente com as ruas repletas de gente e sem maiores incidentes.
Segundo os cálculos do ministro do Esporte, o país receberá durante os 31 dias da Copa cerca de 600 mil estrangeiros, que se unirão aos cerca de 3 milhões de brasileiros que circularão pelo país para acompanhar as seleções participantes.
Apesar desses números e da enorme distância entre as sedes, que poderá ser de até 6 mil quilômetros, Rebelo previu que não haverá dificuldades maiores para a mudança, devido, segundo ele à eficiência e a experiência das companhias aéreas nacionais.
Por fim, o ministro voltou a dizer que um dos fatores diferenciais do Mundial no Brasil será "o povo brasileiro, com sua diversidade e sua cultura", que se esforçará ao máximo para fazer do evento "uma grande festa cultural internacional".