Aécio Neves: na declaração, o senador diz ainda que esta é uma ação de Dilma para se manter no cargo, acusando-a de distribuir espaços relevantes de poder para assegurar votos que impeçam o afastamento dela (Washington Alves/Reuters)
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2015 às 11h03.
São Paulo - Momentos depois de a presidente Dilma Rousseff anunciar nesta sexta-feira, 2, a reforma ministerial, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), declarou, em nota oficial, que as mudanças ficam distantes do que seria necessário para sinalizar o início de uma nova fase no País.
"A chamada reforma administrativa anunciada hoje apequena ainda mais o governo Dilma. Não em sua estrutura porque os cortes são pouco expressivos frente ao aumento excessivo de gastos do governo nos últimos anos. Assemelha-se, na verdade, a uma maquiagem", afirmou.
Na declaração, Aécio diz ainda que esta é uma ação de Dilma para se manter no cargo, acusando-a de distribuir espaços relevantes de poder para assegurar votos que impeçam o afastamento dela.
"Os efeitos dessas mudanças serão efêmeros e a presidente da República continuará precisando mostrar ao País que tem condições de tirá-lo da gravíssima crise na qual seu governo nos mergulhou."
Ele citou também o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ao afirmar que uma frase dita por ele esta semana "traduz, de forma mais eloquente", a situação de Dilma: "A presidente não governa. Ela é governada".
Com a nova configuração da Esplanada dos Ministérios, houve corte de oito pastas, redução em 10% do salário dos ministros e extinção de 3 mil cargos de confiança.