O presidente eleito, Jair Bolsonaro, fala com jornalistas na chegada a sua casa onde mora em um condomínio na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. (Tânia Regô/Agência Brasil)
Reuters
Publicado em 13 de dezembro de 2018 às 10h41.
Última atualização em 22 de fevereiro de 2019 às 14h31.
*Reportagem publicada em dezembro de 2018
Brasília - Os brasileiros estão otimistas em relação ao futuro governo do presidente eleito Jair Bolsonaro e alimentam expectativas positivas sobre a sua gestão, informou pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira.
Segundo a sondagem do Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria, 75 por cento dos brasileiros acreditam que o presidente eleito e sua equipe estão "no caminho certo", enquanto apenas 14 por cento acham que ele e seus indicados estão no "caminho errado".
A pesquisa também identificou que cerca de dois terços dos brasileiros --64 por cento-- têm a expectativa de que o próximo governo será "ótimo" ou "bom". Outros 18 por cento afirmam que o governo Bolsonaro será regular, 14 por cento acreditam que será "ruim" ou "péssimo", e 4 por cento não responderam.
Para a maioria dos entrevistados, saúde e desemprego são os principais problemas do país: os temas foram citados por 46 por cento e 45 por cento respectivamente. A corrupção foi mencionada por 40 por cento, enquanto a segurança pública foi lembrada por 38 por cento.
Ao listarem as prioridades, os entrevistados citaram novamente os mesmos assuntos. Para 41 por cento, a prioridade do governo deve ser melhorar os serviços de saúde. A geração de empregos vem em seguida, citada como prioridade por 40 por cento. Logo após vem o combate à corrupção e o combate à violência e à criminalidade, ambos citados por 36 por cento.
Questionados sobre as principais medidas já anunciadas por Bolsonaro e sua equipe de transição, 40 por cento dos entrevistados disseram não lembrar de nenhuma proposta, enquanto 7 por cento não souberam ou não quiseram responder.
A reforma da Previdência, no entanto, foi a medida mais citada espontaneamente, por 12 por cento dos entrevistados. A flexibilização das regras para posse de armas foi lembrada por 9 por cento, assim como o combate à corrupção.
A redução da maioridade penal foi mencionada por 7 por cento, mesma parcela que destacou o combate à violência de forma genérica, à criminalidade, à pedofilia ou à violência contra mulheres.
Questionados sobre as expectativas para 2019, 66 por cento dos entrevistados afirmou que a situação econômica do país irá melhorar ou melhorar muito. Para 19 por cento ela continuará igual, enquanto 8 por cento avaliam que ela irá piorar e 3 por cento acreditam que irá piorar muito. Outros 5 por cento não responderam.
A pesquisa foi realizada entre os dias 29 de novembro e 2 de dezembro, com 2 mil entrevistados em 127 municípios. A margem de erro da sondagem é de 2 pontos percentuais.