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Palocci pede prisão domiciliar para delatar Abilio e Esteves

Segundo jornal, o ex-ministro tenta negociar pena em prisão domiciliar para incluir banco e empresa na delação

Antonio Palocci sendo preso pela Polícia Federal (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Antonio Palocci sendo preso pela Polícia Federal (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Luiza Calegari

Luiza Calegari

Publicado em 31 de maio de 2017 às 08h30.

Última atualização em 31 de maio de 2017 às 10h51.

São Paulo - O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci estaria negociando, em sua delação premiada, uma pena de prisão domiciliar em troca da delação de Abilio Diniz, ex-dono do Pão de Açúcar, André Esteves, do BTG Pactual, e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As informações são da Folha de S.Paulo.

Segundo a reportagem, Palocci pretende detalhar uma manobra de Abilio Diniz para tentar mantê-lo no controle do Pão de Açúcar, no contexto da disputa com o Casino.

O empresário teria contratado Palocci para garantir influência a seu favor, contra o apoio informal que o Casino tinha de Fernando Pimentel, à época ministro do Desenvolvimento.

Sobre Esteves, a Folha afirmou que o ex-ministro promete explicar supostas vendas de medidas provisórias do Congresso para bancos privados.

Em relação a Lula, a promessa é da confirmação de que a conta "Amigo" se refere ao ex-presidente, além dos supostos benefícios obtidos na criação da Sete Brasil.

Ao jornal, a defesa de Lula afirmou que a Lava Jato "não conseguiu apresentar qualquer prova sobre suas acusações contra o ex-presidente".

A assessoria de Abílio disse que o contrato entre a empresa de Palocci e o escritório de Bastos foi alvo de investigação e não apresentou irregularidades. Diz ainda que, no período de vigência do contrato, Abílio não tinha função executiva na empresa.

A assessoria do BTG Pactual não comentou.

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