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Palocci encaminha pedido de habeas corpus ao Supremo

Em um pedido de 166 páginas, o ex-ministro alega que sofre "indisfarçável e hialino constrangimento ilegal"

Antonio Palocci: o pedido de Palocci é subscrito por uma equipe de quatro advogados (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Antonio Palocci: o pedido de Palocci é subscrito por uma equipe de quatro advogados (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de maio de 2017 às 11h52.

Última atualização em 3 de maio de 2017 às 12h53.

São Paulo - O ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda/Casa Civil-Governos Lula e Dilma) também quer habeas corpus. Por seus advogados de defesa, em pedido de 166 páginas ao Supremo Tribunal Federal, Palocci alega que sofre "indisfarçável e hialino constrangimento ilegal, consubstanciado na decretação da sua prisão preventiva à absoluta míngua de justa causa e ao arrepio da lei".

O pedido é datado de 26 de abril, apenas 24 horas depois de o Supremo mandar soltar dois condenados da Lava Jato, o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, e o ex-tesoureiro do PP, João Cláudio Genu - nesta terça-feira, 2, o Supremo soltou mais um personagem emblemático da Lava Jato, o ex-ministro da Casa Civil (Governo Lula), José Dirceu.

O pedido de Palocci é subscrito por uma equipe de quatro advogados seus, todos do escritório José Roberto Batochio Advogados Associados.

O habeas ataca decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) por "encampar ilegalidade" ao não acolher o pedido anteriormente apresentado à Corte "a despeito da flagrante ilegalidade formal e material do édito prisional e de se acharem ultrapassados todos os prazos razoáveis para a formação da culpa".

Um dos argumentos da defesa de Palocci é o "excesso no prazo havido como razoável para a formação da culpa, também a reclamar a concessão da ordem de habeas corpus, ainda que de ofício".

"Não pode haver 'cegueira hermenêutica deliberada' na Corte Constitucional quando, por qualquer que seja o meio ou de que forma for, lhe seja trazida ao conhecimento coação ilegal que afronte o Texto Magno", sustentam os advogados de Palocci.

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