No setor de carnes, relatório aponta que o país já o segundo maior produtor do mundo (Ormuzd Alvez/Anamaria)
Da Redação
Publicado em 8 de junho de 2011 às 11h38.
Genebra - O Brasil caminha para superar pela primeira vez os Estados Unidos em alguns dos setores agrícolas que, por mais de 30 anos, estiveram sob o controle dos exportadores americanos. Dados divulgados ontem pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) apontam que, em 2011, o Brasil será já o maior exportador de frango do mundo, com um terço do comércio global.
Além disso, o País dá passos importantes para se aproximar dos Estados Unidos na liderança da soja no planeta. Setores como carne bovina, milho e arroz também registraram ganhos importantes no ano. Se os avanços são claros no País, a FAO alerta que um salto maior exigirá que o governo dê uma solução aos entraves que a falta de infraestrutura está causando para as exportações nacionais. Em seu relatório bianual sobre a produção agrícola no mundo, a FAO afirmou que o real fortalecido e os custos de produção no País também terão de ser tratados pelas autoridades nos próximos anos.
No setor de carnes, a FAO aponta que o Brasil já o segundo maior produtor do mundo e sua expansão tem "mais que compensado a queda persistente da Argentina". No país vizinho, 3,5 mil empregos foram eliminados no setor. Entre os exportadores, o Brasil já é o primeiro do mundo, com 1,5 milhão de toneladas neste ano. A FAO admite que a único fato que pode afetar a expansão brasileira seria um eventual entrave colocado pela Rússia, como acabou ocorrendo. Mesmo assim, a previsão é de que as exportações do País cresçam em 2011, depois de três anos de queda diante do consumo doméstico.
Para 2011, a entidade prevê uma queda nas vendas de frango dos Estados Unidos. Isso deve tirar dos americanos a tradicional posição de maior exportador de frango do mundo. "Como consequência, o Brasil deve se tornar neste ano o maior exportador de frango do mundo, com entregas que podem superar a marca de 4 milhões de toneladas, um terço do comércio global", afirmou a entidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.