Rio - O ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, afirmou que o país não registrou problemas nos aeroportos durante a Copa do Mundo. Segundo ele, os índices de atrasos e cancelamentos são extremamente baixos.
"Nós não temos tido problemas até agora. Os fatos ocorridos são fatos que estão dentro do que já tínhamos nos organizado para enfrentar, nada grave. Do ponto de vista da infraestrutura aeroportuária, funcionou muito bem. Claro que isso decorre de um esforço muito grande que o país fez no sentido de aumentar nossa infraestrutura nos aeroportos", declarou em entrevista coletiva sobre o fluxo de turistas e o funcionamento dos aeroportos durante o mundial de futebol, no Rio de Janeiro.
Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), cerca de 430 mil pessoas passaram pelos 20 principais aeroportos do país durante o primeiro sábado de Copa do Mundo.
Desde o dia 11, o índice de atrasos nos aeroportos do país está em 4,2%, enquanto o de cancelamentos alcançou 8,2%.
"Minha expectativa é que nas próximas semanas possamos manter o mesmo padrão de atendimento", disse o ministro da Aviação.
O diretor-presidente da Anac, Marcelo Guaranys, informou que os indicadores estão dentro do esperado em todas as regiões do país.
No Recife, o índice de atrasos está em 3,23%, enquanto em Confins chegou a 10,34%.
Segundo ele, a Anac estima um pico de até 15% para atrasos de voos, enquanto os cancelamentos devem oscilar entre 5% a 10%.
"Os números estão totalmente dentro do padrão de normalidade", garantiu Guaranys.
Participaram também da coletiva o ministro do Turismo, Vinicius Lages, e o presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Gustavo do Vale.
Aumento de passageiros
O crescimento constante do número de passageiros que passam todos os anos pelos aeroportos do País deve mudar o conceito de aeroporto pronto, segundo o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco.
"Aeroporto pronto é um conceito que vamos ter de, daqui para frente, tratar com muito cuidado. A taxa de crescimento de passageiros chega a 11% ao ano. Os aviões crescem. Então vamos permanentemente fazendo intervenções nos aeroportos, para garantir área disponível para os passageiros e para os aviões", disse Moreira Franco.
O ministro contou ainda que o consórcio vencedor da concessão de administração do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, o Galeão, apresentará em agosto o plano de exploração para o aeroporto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
"(O Aeroporto) Tem de estar pronto até abril de 2016", afirmou Marcelo Guaranys, diretor-presidente da Anac, lembrando que o contrato firmado com o governo prevê a instalação de 26 novas pontes de embarque e instalação de mais 68 pontos de check in, entre outros itens.
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1. Difícil pagar lanche para toda a família
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1/13 (ClaraCardoso / Flickr / Creative Commons)
São Paulo – Um passageiro que esteja voando pela primeira vez no país pode levar um susto ao tomar um descompromissado café com leite no
Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro: R$ 7,25. Se ele ficar indignado e decidir evitar o Santos Dumont, optando pelo
Galeão, vai ter que se contentar com uma porção de seis pequenos pães de queijo a R$ 7,70 neste segundo. Os
preços dos aeroportos de todo o país parecem caros para qualquer bolso: a prova é que os valores cobrados são hoje a maior fonte de insatisfação dos passageiros, mostrou
pesquisa da Secretaria da Aviação Civil divulgada nesta segunda. Os entrevistados tinham 41 indicadores para elogiar ou criticar, mas o mais mal avaliado foi o preço da comida. Não à toa, a
Proteste foi a campo em 14 aeroportos que receberão passageiros da Copa este ano para levantar quanto se paga para comer. A intenção, no entanto, não foi fiscalizar os altos preços, mas as chamadas lanchonetes populares, que se tornaram uma política da
Infraero desde 2012 e devem seguir os preços máximos estabelecidos pela estatal em 15 itens, tornando-se uma opção barata para os
consumidores. A Proteste encontrou dois problemas principais: alguns desses novos locais
não respeitavam os tetos em todos os produtos determinados, e para alguns alimentos não tabelados, os preços chegavam a ser
maiores que nas lanchonetes convencionais. A Proteste pede maior fiscalização da Infraero com relação aos locais populares, além de pedir a instalação desses estabelecimentos nos aeroportos de Cuiabá, Manaus e
Belo Horizonte, que ainda não os possuem. Apesar dos problemas, na maioria das vezes, os preços praticados são de fatos mais camaradas. O café com leite, citado no início deste texto, por exemplo, sai por R$ 2,60 em um desses estabelecimentos. Vale lembrar que os altos valores não são uma exclusividade dos aeroportos do Brasil e que costumam ser mais elevados também no exterior. Os comerciantes alegam ainda que precisam cobrar mais devido ao alto custo do
aluguel em terminais aeroportuários. Veja a seguir os preços praticados em bares e cafés convencionais de
aeroportos do país, e depois os valores das lanchonetes populares.
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2. Suco natural com água
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2/13 (Ramzi Hashisho / Stock Xchng/Divulgação)
Preço: R$ 8,00 Aeroporto de Congonhas (São Paulo)
Preço na lanchonete popular: R$ 3,90
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3. Leite (300 ml)
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3/13 (Zsuzsanna Kilian / Stock Xchng)
Preço: R$ 4,80 Aeroporto Afonso Pena (Curitiba)
Preço na lanchonete popular: R$ 1,20
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4. Brigadeiro
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4/13 (Rodrigo Senna / Flickr / Creative Commons)
Preço: R$ 5,90 Aeroporto L.E. Magalhães (Salvador)
Preço na lanchonete popular: R$ 1,80
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5. Misto-quente
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5/13 (Wikimedia Commons)
Preço: R$ 10,00 Aeroporto Salgado Filho (Porto Alegre)
Preço na lanchonete popular: R$ 4,90
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6. Pão com manteiga
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6/13 (Wagner Tamanaha / Flickr / Creative Commons)
Preço: R$ 6,50 Aeroporto Afonso Pena (Curitiba)
Preço na lanchonete popular: R$ 1,00 (não tabelado)
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7. Cerveja nacional (lata)
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7/13 (Quatro Rodas)
Preço: R$ 6,90 Aeroporto Santos Dumont (Rio de Janeiro)
Preço na lanchonete popular: R$ 8,75 (não tabelado) - mais caro
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8. Cappuccino (médio)
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8/13 (Getty Images)
Preço: R$ 6,00 Aeroporto Pinto Martins (Fortaleza)
Preço na lanchonete popular: R$ 6,00 (não tabelado) - igual
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9. Torta salgada (fatia)
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9/13 (Conanil / Flickr / Creative Commons)
Preço: R$ 8,25 Aeroporto L.E. Magalhães (Salvador)
Preço na lanchonete popular: R$ 9,90 (não tabelado) - mais caro
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10. Brownies
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10/13 (jeffreyw / Flickr / Creative Commons)
Preço: R$ 4,50 Aeroporto de Congonhas (SP)
Preço na lanchonete popular: R$ 6,75 (não tabelado) - mais caro
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11. Empanadas
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11/13 (Rebecca T. Caro / Flickr / Creative Commons)
Preço: R$ 3,60 Aeroporto Galeão (Rio de Janeiro)
Preço na lanchonete popular: R$ 6,50 (não tabelado) - mais caro
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12. Fritas (porção)
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12/13 (Ulrik De Wachter / Stock Xchng)
Preço: R$ 18,50 Aeroporto Salgado Filho (Porto Alegre)
Preço na lanchonete popular: R$ 10,00 (não tabelado)
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13. Agora, veja os aeroportos que mais deixam os passageiros em pé ao lado da esteira
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13/13 (Infraero/Divulgação)