Geraldo Alckmin: ele acredita que não haverá mais greve (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 11 de junho de 2014 às 11h57.
São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que o País "está cansado de impunidade, hipocrisia e solidariedade seletiva".
A resposta foi dada um dia depois de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter dito que a demissão dos 42 metroviários pode ser revista se houver maturidade do governo e dos trabalhadores.
"Nós não pretendemos demitir ninguém", disse Alckmin, que também afirmou que a greve já é uma questão resolvida. Nesta quarta-feira, 11, os metroviários devem fazer nova assembleia, às 18h30, para decidir se retomam a paralisação.
O jornal O Estado de S.Paulo apurou que, caso isso aconteça, o governo estadual tem uma lista com 300 nomes de funcionários que participaram da greve e também podem ser demitidos.
Na terça-feira, 10, o tucano havia afirmado que não readmitiria nenhum dos metroviários, já que considera que houve abuso durante os cinco dias de greve.
Alckmin acredita que não haverá mais greve e diz que não se pode "fazer especulação" sobre o retorno da paralisação. Se ocorrerem novos protestos, o governador se limitou a repetir que o governo está preparado para a Copa.
Também admitiu que existe um plano de contingência do Metrô, mas não deu detalhes. "O Metrô explicitará", disse.
Diferentemente das acusações de grevistas e movimentos sociais de que os supervisores que conduziram os trens não têm treinamento e que teriam ocorrido casos de portas abertas, Alckmin acredita que tenha sido bem-sucedida a operação.
"Tanto que não teve nenhum problema. Nós transportamos 2 milhões de pessoas. Não vejo razão para ficar especulando sobre um assunto que já está resolvido."