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País é campeão em custo para abastecer avião

O preço do querosene de aviação cobrado no aeroporto de Cuiabá só perde para o de Lilongwe, capital do Malawi


	Avião decolando: o preço do querosene em Cuiabá é 82% superior ao do aeroporto de Moscou
 (AFP)

Avião decolando: o preço do querosene em Cuiabá é 82% superior ao do aeroporto de Moscou (AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2014 às 09h38.

São Paulo - O Brasil é um dos países mais caros para se abastecer um avião no mundo. É o que mostra um levantamento da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), com base em preços do querosene de aviação cobrados das companhias aéreas em 68 aeroportos. Nenhum outro país tem tantos terminais na lista dos dez aeroportos com maiores custos para abastecimento. Figuram no ranking Cuiabá (2.º lugar), Manaus (3.º), Recife (4.º), Guarulhos (7.º) e Brasília (10.º).

O preço do querosene de aviação cobrado no aeroporto de Cuiabá só perde para o de Lilongwe, capital do Malawi, e chega a US$ 5,06 o galão americano (cerca de 3,785 litros), de acordo com a Iata. Os valores consideram o preço total cobrado das empresas aéreas para voos domésticos, incluindo a incidência de ICMS. O preço do querosene em Cuiabá é 82% superior ao do aeroporto de Moscou, que oferece o combustível mais barato do mundo, a US$ 2,78 o galão, segundo a Iata.

"O Brasil aparece ao lado dos países africanos, onde o combustível é caro por falta de refinarias e a infraestrutura para importar e transportar o produto é ineficiente", disse o diretor da Iata no Brasil, Carlos Ebner. O estudo aponta os aeroportos de Moscou, Cingapura, Genebra, Buenos Aires e Roma como os que têm os menores preços de querosene de aviação.

Cálculo. Segundo o diretor da Iata, o combustível no Brasil é caro porque a fórmula de precificação definida pela Petrobrás considera custos de importação do produto, apesar de 75% do querosene ser refinado localmente. Além da cotação internacional do barril de petróleo, entram na conta o custo de transporte marítimo e uma tarifa adicional ao frete para renovação da marinha mercante.

A estimativa da Iata é de que essa metodologia faça com que o valor cobrado seja quase 20% acima do que a entidade calcula como "preço justo". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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