Brasil

Paes refuta paralisação em obras do parque olímpico

Prefeito desdenhou a informação que o Consórcio Rio Mais possa parar as obras por problemas de financiamento


	Trabalhadores durante uma manifestação em frente ao Parque Olímpico, dos Jogos Olímpicos de 2016
 (Ricardo Moraes/Reuters)

Trabalhadores durante uma manifestação em frente ao Parque Olímpico, dos Jogos Olímpicos de 2016 (Ricardo Moraes/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2014 às 20h37.

Rio - O prefeito do Rio, Eduardo Paes, desdenhou nesta segunda-feira da informação que o Consórcio Rio Mais, responsável pela construção do Parque Olímpico da Barra, na zona oeste da cidade, possa parar as obras por problemas de financiamento.

Segundo Paes, a ameaça não passaria de uma forma de pressionar os bancos a facilitarem as condições de financiamento.

Segundo reportagem do jornal Valor Econômico desta segunda, as obras do Parque Olímpico da Barra correm o risco de serem paralisadas, ainda neste mês de agosto, caso a Caixa Econômica não libere de imediato um empréstimo de R$ 1 bilhão solicitado pelo consórcio Rio Mais - formado por Odebrecht Infraestrutura, Andrade Gutierrez e Carvalho Hosken.

"Eu chamo isso de não-informação, a não ser que alguém tenha vazado com o objetivo de baixar o jurinho", disse Paes, em evento realizado no Comitê Rio/2016.

"Eu se sou Caixa Econômica, Itaú e Bradesco faço a negociação em condições de mercado, até porque o benefício da parceria público-privada eles já tiveram porque a prefeitura deu um ativo para eles, ou seja, o potencial construtivo da construção do Parque Olímpico na fase seguinte à Olimpíada", completou.

O prefeito negou qualquer preocupação com a paralisação das obras porque, segundo ele, "são empresas que em geral cumprem os contratos".

Além disso, Paes considera que o consórcio é formado por "empresas grandes, saudáveis, cheias de dinheiro no caixa segundo seus balanços".

O comitê organizador da Olimpíada também está confiante na pontualidade da entrega das obras. Segundo a entidade, ainda que ocorram eventuais atrasos, há margem para que tudo esteja pronto dentro do prazo.

De acordo com o departamento de Comunicação do Comitê "faz parte do processo esse tipo de discussão".

A Concessionária Rio Mais, por intermédio de sua assessoria de imprensa, disse que as obras para a Olimpíada estão sendo realizadas normalmente.

Informou também que não iria se pronunciar sobre uma possível paralisação dos trabalhos porque desconhecia o assunto dentro da empresa.

Por comunicado, a Caixa Econômica Federal confirmou "a disposição para participar do financiamento do Parque Olímpico. Para isso, será necessário o atendimento de requisitos de enquadramento, condições negociais e garantias usuais de mercado.

A Caixa informa, ainda, que em função do sigilo bancário, não comenta detalhes de eventuais tratativas com empresas privadas", disse a nota.

A entrega do Parque Olímpico está prevista para o primeiro semestre de 2016. O local é o principal palco dos Jogos e receberá competições de 15 modalidades olímpicas e 10 paralímpicas.

Além disso, terá o Centro Principal de Mídia (MPC), do Centro Internacional de Transmissão (IBC), de um hotel e da infraestrutura da Vila dos Atletas.

Acompanhe tudo sobre:EsportesOlimpíada 2016OlimpíadasPolítica no Brasil

Mais de Brasil

Homem-bomba gastou R$ 1,5 mil em fogos de artifício dias antes do atentado

O que muda com projeto que proíbe celulares nas escolas em São Paulo

Haddad se reúne com cúpula do Congresso e sinaliza pacote fiscal de R$ 25 bi a R$ 30 bi em 2025

Casos respiratórios graves apresentam alta no Rio e mais 9 estados