Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro (Buda Mendes/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 5 de junho de 2024 às 15h37.
Última atualização em 5 de junho de 2024 às 16h28.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), oficializou nesta quarta-feira, 5, a exoneração dos secretários da Casa Civil, Eduardo Cavaliere, e de Esportes, Guilherme Schleder. Ambos são do mesmo partido do pré-candidato à reeleição e despontam como opções de vice na chapa caso algum motivo faça Paes desistir de indicar o deputado federal Pedro Paulo, também do PSD e favorito do prefeito para o posto.
Secretários interessados em integrar chapas majoritárias precisam sair dos cargos até quatro meses antes das eleições. Outro que busca acirrar a disputa pela vice de Paes, o PT determinou que seus dois escolhidos para pleitear a vaga – o secretário municipal de Assistência Social, Adilson Pires, e o secretário de assuntos federativos da Presidência, André Ceciliano – deixassem os cargos nesta semana. Pires já teve a exoneração publicada por Paes.
No grupo do prefeito, o movimento do PT foi visto de forma positiva, mesmo que a possibilidade de o partido do presidente Lula conquistar o posto seja considerada muito pequena. O gesto em si, contudo, tira o foco da disputa interna entre aliados do núcleo duro de Paes. Além dos secretários municipais, outra alternativa a Pedro Paulo é o presidente da Câmara Municipal, Carlo Caiado (PSD).
Aos postulantes, o prefeito não nega a preferência por Pedro, seu principal parceiro na política, mas afirma que não pode deixar apenas uma opção aberta. Além da pressão política, há a avaliação de que o deputado precisará tomar decisões pessoais para encarar a disputa, sobretudo por causa do episódio que o prejudicou na eleição de 2016, quando veio à tona o processo de violência doméstica aberto pela ex-mulher – que foi arquivado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas permaneceu forte como fato político.
O entorno do prefeito ainda calcula quão prejudicial o caso pode ser para a campanha. Na esquerda, por exemplo, a tendência é que o engajamento de partidos como o PT fique minguado caso o vice seja Pedro. Dirigentes petistas, inclusive, temem que quadros da sigla e a militância abracem de forma extraoficial a candidatura de Tarcísio Motta (PSOL), cujos votos podem ser decisivos para Paes resolver ou não a eleição logo no primeiro turno.
O prazo para a definição da chapa é 5 de agosto, data final para a realização de convenções partidárias. O prefeito tende a esperar mais um pouco antes de decidir o vice, mas aliados avaliam que é possível que uma decisão seja tomada ainda no início de julho.