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Paes e Crivella vão para o 2° turno na disputa pela prefeitura do Rio

Na véspera da eleição, Paes chegou com 40% das intenções de votos válidos contra 18% de Crivella, que se manteve no segundo lugar

Eduardo Paes (Montagem/Divulgação)

Eduardo Paes (Montagem/Divulgação)

Ligia Tuon

Ligia Tuon

Publicado em 15 de novembro de 2020 às 23h06.

Última atualização em 16 de novembro de 2020 às 00h32.

Favorito desde o início das pesquisas de intenção de voto para a Prefeitura do Rio de Janeiro, o ex-prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes (DEM), foi para o segundo turno com ampla vantagem em relação a Marcelo Crivella (Republicanos), atual chefe da capital.

Com 95,19% das urnas apuradas, Paes ficou com 37%, e Crivella 21,86%.

Paes começou liderando as pesquisas no início de outubro, com 30% das intenções, chegou a 28%, mas se recuperou. Na véspera da eleição, chegou com 40% das intenções de votos válidos contra 18% de Crivella, que se manteve no segundo lugar durante toda a campanha e chegou a 62% de rejeição, segundo Datafolha desta semana, divulgado no sábado.

Bispo licenciado da igreja Universal, o atual prefeito já tinha uma alta rejeição no fim do ano passado, quando chegou até a negar que o Rio passava por uma crise no sistema se saúde. Teve sua gestão marcada por atitudes polêmicas, como quando mandou derrubar uma praça de pedário de uma via expressa da cidade, em outubro do ano passado, rompendo o contrato de concessão e ignorando decisão da justiça. Outro evento que prejudicou sua imagem no ano passado foi o vazamento de um áudio no qual aparece oferecendo vantagens em cirurgias de catarata e varizes a líderes religiosos.

Paes foi prefeito do Rio duas vezes. Da primeira, em 2009, concorreu pelo PMDB com o apoio do então governador Sérgio Cabral, numa disputa acirrada contra Fernando Gabeira (PV). Em 2012, conseguiu se reeleger com 64% dos votos.

Em 2018, Paes concorreu às eleições ao governo do estado, mas perdeu para Wilson Witzel (PSC), atualmente afastado do cargo por decisão do STJ. Paes já havia tentado o cargo em 2006, mas teve apenas 5% dos votos.

Em julho, foi denunciado pelo Ministério Público Eleitoral por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica por repasses indevidos que teria recebido durante a campanha de 2012. Naquela época, a cidade já passava por mudanças para receber a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

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