Alexandre Padilha: A PF não fez nenhuma acusação a Padilha, mas no documento sobre a operação há uma foto em que ele aparece durante a assinatura de contrato no âmbito da Parceria de Desenvolvimento Produtivo (Antonio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 22 de março de 2014 às 17h57.
São Paulo - O ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha emitiu uma nota de esclarecimento à imprensa, na qual repudia a citação de seu nome nas matérias publicadas sobre a Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, Padilha estava em uma foto incluída nos autos da operação que investiga sobre esquema de lavagem de dinheiro no montante de R$ 10 bilhões.
A PF não fez nenhuma acusação a Padilha, pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PT, mas no documento sobre a operação há uma foto em que ele aparece durante a assinatura de contrato no âmbito da Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP), criada pela Portaria 837/2012.
Na nota, o ex-ministro afirma que o envolvimento de seu nome na operação "é certamente movido por outros interesses que não o da correta apuração dos fatos". Ele lamenta ainda que "uma foto de um evento público esteja sendo usada de maneira indevida".
Padilha nega qualquer relação com Alberto Youssef, condenado no escândalo do Banestado; Leonardo Meirelles, diretor-presidente da empresa do setor de saúde, Labogen, controlada por Yousseff; ou ainda Pedro Agese. Ainda na nota, Padilha explica que pelas regras das PDPs, o ministro não decide os projetos. "As parcerias são encaminhadas pelos Laboratórios Públicos. Uma comissão com representantes de vários ministérios e órgãos públicos avalia e autoriza os investimentos nas PDPs".
Se ainda assim existir alguma irregularidade, o ex-ministro defende, em nota, a paralisação do projeto, até que seja feito o esclarecimento total do contrato. Padilha reafirma que sua postura, no que se refere a denúncias, sempre foi a de solicitar investigação e, em casos de detecção de irregularidade, afastar os acusados e encaminhar o caso aos órgãos competentes, "para a devida punição e devolução dos recursos aos cofres públicos", finaliza.