Eliseu Padilha: "se o candidato do PSDB disser que defenderá o legado Temer, abre-se a possibilidade. Não estamos excluindo ninguém" (José Cruz/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de novembro de 2017 às 14h44.
Brasília - Em entrevista nesta quarta-feira, 29, no Planalto, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que o presidente Michel Temer "não tem pretensão" de disputar a reeleição em 2018, "mas sim de cumprir bem o seu mandato".
Mas, diante da insistência dos jornalistas sobre essa possibilidade, o ministro fez uma ressalva ao usar a expressão "por enquanto".
Ao responder sobre as dificuldades enfrentadas pelo governo para conseguir colocar o País nos trilhos, ainda neste mandato, Padilha declarou: "o presidente Temer diz, desde sempre, que sua missão é colocar o País nos trilhos. Por enquanto, o que posso dizer é que o que ele disse é que cumpriria, por inteiro, a sua missão de colocar o Brasil nos trilhos".
Questionado sobre as dificuldades de se concretizar uma aliança do PMDB com o PSDB para a disputa à Presidência em 2018, o ministro Padilha reconheceu que existem problemas, embora diga que não descarta que isso possa acontecer, "se o partido defender o legado do governo Michel Temer".
De acordo com o ministro Padilha para as eleições presidenciais de 2018, o PMDB "tem uma condição" para apoiar outro partido na disputa ao Planalto. Segundo ele, este partido "deverá estar alinhado com quem defenda o governo do presidente Michel Temer".
E reiterou: "o presidente tem conversado com os presidentes dos partidos que hoje formam a base de sustentação e a ideia é termos, dentro desse conjunto da base de sustentação do governo, candidatura que possa representar esse legado".
Ao ser indagado se isso incluiria o PSDB, o ministro respondeu: "se o candidato do PSDB disser que defenderá o legado Temer, abre-se a possibilidade. Não estamos excluindo ninguém". De acordo com Padilha, o PMDB "não precisa ter candidato próprio" às eleições de 2018.