Alexandre Padilha, ministro da Saúde (Antônio Cruz/ ABr)
Da Redação
Publicado em 3 de janeiro de 2011 às 16h30.
O novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defendeu hoje durante seu discurso de posse o uso racional do volume de recursos destinado à pasta. "É verdade que precisamos de mais recursos, mas também é verdade que precisamos investir mais e melhor os recursos que temos hoje", disse.
Nesse contexto, Padilha fez um apelo aos parlamentares e à sociedade civil para que aproveitem o momento político de grande expectativa em relação à saúde para que o Congresso aprove o projeto de lei que regulamenta a Emenda Constitucional 29.
A regulamentação do texto constitucional proporcionará regras claras de financiamento da saúde. Assim, a população poderá ter conhecimento do volume de recursos, quanto cada governador e prefeito terá que investir em sua região e o que será considerado investimento em saúde.
Padilha defendeu a construção de um pacto federativo para que a União, Estados e municípios se comprometam com o aprimoramento do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele afirmou que perseguirá obstinadamente a qualidade e a agilidade dos serviços prestados pelo SUS.
O novo ministro afirmou também que em sua gestão não vai negligenciar a área de saúde suplementar, que atende mais 40 milhões de brasileiros e tende a aumentar por causa da formalização do mercado de trabalho, com o ingresso de mais pessoas com carteira assinada.
Entre os pedidos que a presidente Dilma Rousseff fez a Padilha, ele destacou a implantação da rede cegonha para aprimorar e priorizar o serviço de saúde da mulher e da criança. Dilma também pediu a rápida implantação da gratuidade dos medicamentos para hipertensos e diabéticos na Rede de Farmácia Popular.
A presidente ainda pediu que o Ministério da Saúde lidere, em parceria com outros ministérios, as políticas de enfrentamento da epidemia do crack. Padilha anunciou que aguarda para breve os resultados de uma primeira pesquisa que vai retratar a real dimensão do crack no País.