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Paciente atira em médico do Hospital Sírio-Libanês

O acusado do crime, o ex-médico do trabalho Daniel Edmans Forti, deu um tiro na própria cabeça depois de disparar três vezes contra o urologista

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2014 às 08h59.

São Paulo - Um dos maiores especialistas em urologia do País, o médico Anuar Ibrahim Mitre, de 65 anos, foi baleado com três tiros, dentro de seu consultório, na tarde de ontem. A clínica fica na frente do Hospital Sírio-Libanês, onde faz parte do corpo clínico. O acusado do crime, o ex-médico do trabalho Daniel Edmans Forti, deu um tiro na própria cabeça depois dos disparos, segundo a polícia. Ele morreu antes de ser socorrido.

Integrante do Conselho Consultivo do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês, Mitre foi submetido a uma cirurgia na tarde de ontem no próprio hospital. Embora o centro médico não confirme o estado de saúde, funcionários afirmam que seu quadro é estável. A Polícia Civil ouviu a secretária de Mitre, que trabalha com ele há 22 anos, mas não quis ser identificada.

Ela afirmou que Forti se tratava com a vítima havia cinco anos, mas não tinha consulta prevista na tarde de ontem. Quando chegou ao prédio, no entanto, ela autorizou a subida e prometeu um encaixe em meio às consultas previstas.

No consultório, no entanto, Forti nem esperou ser anunciado. Entrou na sala de Mitre, xingou o profissional e atirou diversas vezes. Mitre foi atingido na cabeça, no braço e nas costas e, segundo a secretária, estava consciente quando foi socorrido.

"Ele está bem, é o que importa. Está fora de perigo e sem sequelas. Ele nasceu de novo, não foi a hora dele", afirmou. A testemunha contou à polícia que correu para pedir auxílio, logo após ver a cena.

Busca de auxílio. Ainda segundo a secretária disse, Daniel Forti se tornou paciente do médico porque precisava fazer uma cirurgia na uretra, que até chegou a ser realizada. Anteriormente, no Rio, havia sofrido um acidente de moto e precisou passar por uma cirurgia inicial. Ela não soube dizer, com certeza, mas pode ser que a primeira intervenção não tenha sido eficaz e, por isso, buscou-se Mitre para uma cirurgia reparadora.

Outras testemunhas, também funcionários do prédio, contaram que ouviram os tiros e correram para a sala onde Mitre trabalha, no 4.º andar. Encontraram tanto o médico quanto o ex-médico ainda vivos. O acusado, no entanto, parou de se mexer antes que qualquer socorro chegasse.

"O doutor Anuar queria ajuda, então pedi para ele ter calma porque já tinham chamado o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência)", disse um funcionário. A vítima, no entanto, acabou sendo levada mais rapidamente para o Sírio em uma cadeira de rodas. O médico Sergio Nahas, do corpo clínico, relatou posteriormente que notou três ferimentos à bala, antes do envio para a cirurgia.

Perícia. Até as 20h30, o corpo de Forti permanecia na sala 44 do prédio, enquanto peritos da Polícia Científica trabalhavam na perícia. Parentes de Mitre estavam no Sírio, mas ninguém falou com a imprensa. O caso foi registrado no 4.º Distrito Policial da capital (Consolação). A polícia ainda não havia comentado o caso até as 21 horas de ontem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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