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Pacheco reúne bancadas para discutir apreciação de denúncia

Enquanto os governistas pregam uma tramitação acelerada, a oposição não tem pressa e pede a oitiva de testemunhas do caso

Rodrigo Pacheco: o presidente da CCJ sinalizou a possibilidade de apresentação do relatório na próxima segunda-feira, 10 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Rodrigo Pacheco: o presidente da CCJ sinalizou a possibilidade de apresentação do relatório na próxima segunda-feira, 10 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de julho de 2017 às 10h51.

Brasília - O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), começou na manhã desta quarta-feira, 5, uma reunião com coordenadores de bancadas para discutir o rito de apreciação da denúncia contra o presidente Michel Temer.

Enquanto os governistas pregam uma tramitação acelerada, a oposição não tem pressa e pede a oitiva de testemunhas do caso.

Pouco antes do início da reunião, Pacheco sinalizou com a possibilidade de apresentação do relatório na próxima segunda-feira, 10. No mesmo dia, haveria sustentação oral da defesa em plenário da comissão.

Contando com o pedido de vista no mesmo dia, a votação do parecer do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) na CCJ aconteceria na quarta-feira, o que permitiria a votação no plenário da Câmara na outra sexta-feira, 14.

A oposição reclama e diz que gostaria, inclusive, de ouvir o presidente Michel Temer. "Aqui não vai ser via expressa para o arquivo. Nós não vamos deixar", disse o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ).

O parlamentar sustenta que não se pode privilegiar o cumprimento do prazo em detrimento da qualidade do relatório, por isso seria imprescindível em sua avaliação a oitiva de todas as testemunhas e da acusação, no caso, a Procuradoria Geral da República (PGR).

Os governistas têm pressa e já admitem preocupação com o placar na CCJ. O vice-líder da bancada do PMDB, Carlos Marun (MS), reconhece que não há votos suficientes entre os membros da própria base aliada, em especial do PSDB. "Temos problema de seis votos da base", afirmou.

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