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Pacheco defende avanço de reformas mesmo em ano eleitoral

Presidente do Senado também discursou em defesa da democracia e afirmou que espera punição de quem atentar contra o processo eleitoral

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

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Alessandra Azevedo

Publicado em 2 de fevereiro de 2022 às 17h31.

Em discurso na reabertura dos trabalhos do Legislativo, nesta quarta-feira, 2, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu o avanço da agenda econômica, com foco nas reformas tributária e administrativa. Para ele, o ano eleitoral não deve necessariamente "esvaziar" o plenário.

Pacheco ressaltou a "urgência" de modernização do setor público, o que pode ser feito pela reforma administrativa ou por projetos pontuais. "Não deixemos de promover e amadurecer esse debate, ainda que em ano eleitoral", disse, acrescentando que é preciso eliminar "os males da ineficiência, do desperdício e da corrupção".

Pacheco também citou como fundamental o avanço da reforma tributária para promover a simplificação do sistema de arrecadação. "Temos o compromisso de avançar nas propostas que já estão em discussão, como é o caso especial da PEC 110", disse. A proposta, que tramita no Senado, prevê a unificação de nove tributos federais.

Segundo Pacheco, a reforma tributária é uma demanda do setor produtivo, dos contribuintes e dos entes subnacionais. "Sabemos da complexidade do tema, mas entendemos que o crescimento de nosso país depende disso, sendo uma prioridade do Congresso Nacional para 2022", reforçou.

A perspectiva do ano, disse, é de "muito trabalho, em um tempo que parecerá escorrer mais rapidamente do que o habitual, sobretudo em função da agenda eleitoral que ocupará boa parte deste ano". O que não significa, segundo ele, que os trabalhos devem parar por conta das eleições.

"Precisamos romper com o paradigma de que, em ano eleitoral, há um engessamento do Poder Legislativo", discursou Pacheco. "Não podemos deixar questões urgentes em estado de latência. Precisamos desde já trabalhar nos projetos que sejam de interesse do país, ainda que em ano eleitoral", defendeu.

Ainda em relação às eleições, Pacheco defendeu o "respeito às divergências" e afirmou que espera, das instituições da República, "a fiscalização e punição daqueles que atentem contra o processo eleitoral". Por parte do eleitor, disse esperar "senso crítico e responsabilidade para distinguir fatos verdadeiros das inaceitáveis fake news".

No discurso, Pacheco também ressaltou que 2022 deve ser um ano "politicamente complexo", em uma conjuntura "ainda profundamente marcada pela crise sanitária de que ainda não saímos e que tem deixado marcas econômicas e sociais de longo alcance".

O Poder Público, segundo ele, tem a obrigação de proteger a população "com ciência, informação, equipamentos públicos e vacina". Pacheco também criticou a propagação de informações falsas sobre a covid-19.

"O avançado estágio da ciência, o amplo acesso à informação, a rápida velocidade dos meios de comunicação, que tão bem poderiam servir ao combate eficaz da doença, também serviram a propósitos invertidos que, com o desvirtuamento dos mesmos instrumentos modernos, atentaram contra a saúde pública através da difusão impressionante de desinformação", disse.

 

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