Brasil

Pacheco: Comitê debateu ampliação de compra de vacinas por empresas

O presidente do Senado também disse ter levado as demandas de governadores ao presidente Jair Bolsonaro

Rodrigo Pacheco (DEM-MG), é eleito presidente do Senado (Marcos Oliveira/Agência Senado)

Rodrigo Pacheco (DEM-MG), é eleito presidente do Senado (Marcos Oliveira/Agência Senado)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de março de 2021 às 12h06.

Última atualização em 31 de março de 2021 às 12h09.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou nesta quarta-feira que o comitê de enfrentamento à pandemia de covid-19 discutiu em sua primeira reunião a ampliação da iniciativa privada na aquisição de vacinas. Pacheco ressaltou que o apoio do setor privado ocorreria com a doação de parte das doses adquiridas para o Plano Nacional de Imunização.

O senador também disse ter levado as demandas de governadores ao presidente Jair Bolsonaro. "Transmiti também ao presidente e demais membros as reflexões e reivindicações de governadores dos Estados e do Distrito Federal. Uma série de sugestões colocadas que deixei na mão do ministro da Saúde de iniciativas que podem ser tomadas", disse. Uma das sugestões citadas por Pacheco foi a atualização do plano de imunização para incluir a prioridade para profissionais de segurança pública e professores.

"Falamos também a respeito do aprimoramento das relações internacionais", citou Pacheco. O presidente do Senado disse ter "grande confiança" no novo ministro nomeado das Relações Exteriores, Carlos França, que assumiu a vaga de Ernesto Araújo. A troca no Itamaraty era uma das cobranças do Parlamento.

Pacheco afirmou ter ouvido informações do ministro Marcelo Queiroga, da Saúde, que tranquilizam o Congresso e a sociedade sobre as ações da pasta para garantir a disponibilização de oxigênio e medicamentos de intubação. O senador avaliou que a "união e pacificação" dos Três Poderes é caminho para o êxito no combate à pandemia. "Ninguém quer o caminho do caos, todos querem o caminho da solução", disse. Ele reforçou, no entanto, que é papel do Congresso fazer cobranças e fiscalização em prol do bem-estar da população.

Lira

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que a Casa começa a discutir nesta quarta-feira a possibilidade de a iniciativa privada adquirir doses de vacinas contra a Covid-19 para aplicação em seus funcionários e para doação de parte do total adquirido ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Em declaração à imprensa após participar de reunião do comitê de combate à pandemia, com as presenças do presidente Jair Bolsonaro, do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, Lira defendeu a necessidade de ampliar a vacinação no Brasil e disse que um brasileiro vacinado significa uma pessoa a menos correndo risco por causa do coronavírus.

Queiroga

Depois da primeira reunião do comitê de combate à Covid-19, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou que o governo federal está negociando com empresas para que se desvie parte da produção de oxigênio da indústria para uso medicinal, assim como a ampliação da fabricação de cilindros para distribuição do insumo.

Queiroga disse ainda que a indústria brasileira não tem condições de manter os estoques de medicamentos para intubação em meio à crise causada pela pandemia, e o governo negocia com a Organização Panamericana de Saúde (Opas) e com os Estados Unidos para a aquisição dos insumos para recuperar o estoque regulador dos Estados.

____________________________________________________________________

O podcast EXAME Política vai ao ar todas as sextas-feiras. Clique aqui para ver o canal no Spotify, ou siga em sua plataforma de áudio preferida, e não deixe de acompanhar os próximos programas.

Acompanhe tudo sobre:Arthur LiraCâmara dos DeputadosCoronavírusPandemiaRodrigo PachecoSenadoVacinas

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022