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Pablo Marçal (Pros) e Vera Lúcia (PSTU) são oficializados como candidatos à Presidência

Indígena Kunã Yporã é a candidata a vice de Vera Lúcia; Pros não anunciou vice

Primeiro turno das eleições presidenciais de 2022 será no dia 2 de outubro (TSE/Divulgação)

Primeiro turno das eleições presidenciais de 2022 será no dia 2 de outubro (TSE/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 31 de julho de 2022 às 18h57.

Última atualização em 31 de julho de 2022 às 18h59.

O Partido Republicano da Ordem Social (Pros) oficializou, neste domingo, 31, a candidatura do empresário e influenciador digital Pablo Marçal à Presidência da República. Não ocorreu anúncio do nome do vice.

Já o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) oficializou, também hoje em convenção nacional, o nome da operária sapateira Vera Lúcia como candidata à Presidência da República nas eleições de outubro. O partido também referendou o nome da indígena Kunã Yporã (Raquel Tremembé), da etnia Tremembé, do Maranhão, como candidata a vice-presidente.

Durante seu discurso, Vera Lúcia defendeu a estatização das 110 maiores empresas do país, os bancos e a agroindústria, além da revogação das reformas e leis que retiraram direitos dos trabalhadores. Segundo ela, a chapa composta por ela e Raquel Tremembé, "é uma chapa indígena, negra e operária, que responde aos setores mais oprimidos da classe trabalhadora brasileira".

"Nós somos a maioria dos desempregados e precisamos construir um governo e, ao mesmo tempo, organizar a classe trabalhadora para controlar esse governo. Nós queremos governar o país com a classe trabalhadora e os indígenas, porque precisamos devolver suas terras, assim como precisamos devolver as terras dos quilombolas e os direitos que foram conquistados por nós", afirmou.

Já a confirmação do nome de Marçal, que destacou que é cristão, ocorreu em meio a hinos de louvor; discursos de membros da diretoria nacional do Pros e gritos de "eu acredito". O evento serviu também para que o partido pedisse que as pessoas votem também nos candidatos a cargos proporcionais da legenda - que, pela primeira vez, tenta chegar à presidência da República. Em todo o país, mais de 1,5 mil filiados ao Pros disputarão os votos dos eleitores brasileiros nas próximas eleições, em 2 de outubro.

"As polarizações nunca vão acabar. Elas têm que ser perfuradas", disse Marçal sobre uma de suas motivações para ingressar na política. Classificando a si próprio como "o candidato de terceira via que ninguém tem a coragem de assumir", Marçal diz já ter um plano de governo com 90 diretrizes. Entre suas prioridades está a mudança das regras tributárias e eleitorais. "Não se faz uma reforma tributária se não fizer uma eleitoral primeiro", comentou Marçal, prometendo que, se eleito, estimulará as empresas e as exportações brasileiras.

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"Temos que focar absolutamente nas empresas, pois são elas que geram empregos, não [o setor] político", ponderou Marçal, antes de se posicionar favoravelmente à "desestatização" da Petrobras e da Eletrobras. "Se você desestatiza uma companhia e a entrega a grupos empresariais, eu mesmo quero ser o primeiro da fila a comprá-la. Porque a Petrobras, por exemplo, é a companhia energética que dá o maior lucro em todo o mundo".

Marçal também afirma que, se eleito, vai estimular à participação política dos cidadãos e defender o direito do feto à vida. "Vamos fazer uma pequena mudança no Código Penal e aborto passará a ser chamado de assassinato de vida inocente", disse, declarando, contudo, que é favorável à manutenção dos caso em que a lei permite o aborto (em casos da gestação ser resultado de estupro ou ofereça risco de vida à mulher).

Perfil do candidato do Pros

Esta é a primeira vez que Marçal disputa a um cargo público. Bacharel em Direito e empresário, o goiano de 35 anos é casado e tem quatro filhos. Ele é conhecido como autor de livros de "auto gestão" e por palestras e vídeos motivacionais. Em sua página na internet, ele também se apresenta como empreendedor imobiliário e digital, estrategista de negócios e especialista em gestão de marcas (branding).

Perfil das candidatas do PSTU

Vera Lúcia, tem 54 anos e é natural de Inajá, Pernambuco. Operária sapateira, é formada em ciências sociais pela Universidade Federal de Sergipe. Iniciou sua militância ao começar a trabalhar em uma fábrica de calçados, aos 19 anos. Está no PSTU desde a sua fundação, em 1994.

Vera já foi candidata ao governo de Sergipe, à prefeitura de Aracaju e à Câmara dos Deputados. Em 2018, foi candidata à presidência da República e teve como vice o professor Hertz Dias, do Maranhão. Em 2020, Vera foi a primeira mulher negra a disputar a prefeitura de São Paulo (SP), cidade onde mora atualmente.

Kunã Yporã (Raquel Tremembé) tem 39 anos de idade, é indígena da etnia Tremembé, do estado do Maranhão, e é pedagoga. É integrante da Associação de Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga) e membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas. Kunã Yporã (Raquel Tremembé) é parte atuante das mobilizações dos povos indígenas na oposição ao governo atual.

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