Brasil

Outros 4 ministros entregam carta de demissão ao governo

A primeira a abrir mão do cargo foi a ministra de Cultura, Marta Suplicy, na terça-feira


	Manoel Dias: ministro citou lema "governo novo, ideias novas", usado por Dilma, em anúncio de demissão
 (Valter Campanato/Agência Brasil)

Manoel Dias: ministro citou lema "governo novo, ideias novas", usado por Dilma, em anúncio de demissão (Valter Campanato/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2014 às 17h32.

Brasília - Quatro ministros do governo anunciaram nesta quarta-feira demissão de seus cargos para facilitar a vida da presidente Dilma Rousseff na hora de reestruturar seu gabinete após ter sido reeleita em outubro.

A primeira a abrir mão do cargo foi a ministra de Cultura, Marta Suplicy, na terça-feira.

A ela se somaram hoje os titulares de Trabalho, Manoel Dias, Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, Assuntos Estratégicos, Marcelo Néri, e da Presidência, Aloizio Mercadante.

A presidente anunciou que, para o novo mandato de quatro anos, que começará em 1 de janeiro, renovará seu gabinente, que é integrado por 39 ministros.

Em todos os casos, os ministros demissionários explicaram que com a demissão pretendem facilitar a vida de Dilma na hora de reformar seu gabinete.

"Todos estamos ciente que termina um governo, começa um novo e, como a própria presidente pregou durante a campanha, governo novo, ideias novas"", disse Dias, citando um dos lemas usados pela propaganda de Dilma na campanha pela reeleição.

A mudança que mais expectativa gera é o que Dilma já confirmou: haverá trocas no Ministério da Fazenda, cujo titular, Guido Mantega, deixará o cargo no final do ano após tê-lo ocupado desde 2006, quando foi nomeado pelo antecessor e mentor político da atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante a campanha eleitoral, os agentes do mercado financeiro apoiaram o candidato opositor Aécio Neves, senador do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que oferecia uma política econômica mais liberal.

Os empresários e as instituições financeiras criticavam, ao mesmo tempo, o caráter "intervencionista" das políticas impulsionadas por Mantega desde o Ministério da Fazenda.

Após a reeleição de Dilma, os mercados esperam pela nomeação de um ministro mais liberal, que poderia ser o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, que dirigiu a instituição durante os dois mandatos de Lula.

No entanto, além de Meirelles, fontes políticas situaram entre os possíveis candidatos o ex-vice-ministro de Fazenda Nelson Barbosa.

Dilma disse que o nome do novo titular de Fazenda será anunciado após seu retorno da Cúpula do G20, que será realizada no próximo fim de semana na cidade australiana de Brisbane.

Acompanhe tudo sobre:DemissõesDesempregoFuncionalismogestao-de-negociosGoverno Dilma

Mais de Brasil

G20: Argentina quer impedir menção à proposta de taxação aos super-ricos em declaração final

Aliança Global contra a Fome tem adesão de 41 países, diz ministro de Desenvolvimento Social

Polícia argentina prende brasileiro condenado por atos antidemocráticos de 8 de janeiro

Homem-bomba gastou R$ 1,5 mil em fogos de artifício dias antes do atentado