Estação Jabaquara do metrô fechada devido a greve contra as reformas (Bárbara Ferreira Santos/Site Exame)
Valéria Bretas
Publicado em 28 de abril de 2017 às 06h00.
Última atualização em 28 de abril de 2017 às 06h00.
São Paulo – Em protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência, propostas pelo governo de Michel Temer (PMDB), grandes categorias vão parar suas atividades durante 24 horas nesta sexta-feira (28).
Em São Paulo, mesmo com a liminar - conseguida pelo governo do Estado de São Paulo e a prefeitura da capital paulista - para impedir a paralisação das linhas do metrô e da CPTM, os sindicatos das categorias já avisaram que vão manter a paralisação e recorrer na Justiça.
A previsão de multa por entidade de ônibus e metrô é de R$ 500 mil a R$ 937 mil, respectivamente.
A organização da greve geral foi convocada por nove centrais sindicais. São elas: CUT, CTB, Intersindical, CSP-Conlutas, UGT, Força Sindical, Nova Central, CSB e CGTB.
Veja quais serviços vão parar de funcionar em São Paulo nesta sexta:
A categoria confirmou participação na greve geral.
Até às 23h59 de hoje, as linhas 1-Azul (Jabaquara/Tucuruvi), 2-Verde (Vila Madalena/Vila Prudente), 3-Vermelha (Corinthians Itaquera / Palmeiras Barra Funda), 5-Lilás (Capão Redondo/Adolfo Pinheiro) e o monotrilho da linha 15-Prata (Vila Prudente/Oratório) do Metrô estarão paralisadas.
Apenas a linha 4-Amarela, que é administrada pela ViaQuatro, deve funcionar.
O Sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo decidiu paralisar os ônibus da capital paulista durante 24 horas.
Até o final desta sexta-feira (28) nenhum veículo deve circular na cidade.
Todas as linhas [7 (Rubi) / 10 (Turquesa) / 11 (Coral) / 12 (Safira) / 8 (Diamante) / 9 (Esmeralda)] estarão fora de circulação até às 23h59.
Pelo menos oito em cada dez bancários decidiram pela participação da categoria na mobilização. As agências bancárias estarão de portas fechadas.
Professores da rede pública e particular de ensino decidiram paralisar suas atividades nesta sexta-feira. De acordo com o sindicato da rede particular, que representa cerca de 50 mil profissionais do ensino infantil ao superior, a paralisação já está confirmada em pelo menos 200 escolas.
Desde o dia 12 de abril, o Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo (Sindsep) decidiram aderir à greve geral.
De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos (Fentect), os funcionários dos Correios de todo o Brasil estão em greve geral por tempo indeterminado desde quarta-feira (26).
O Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos decidiram aderir à paralisação nacional de 24 horas. A ordem, segundo o sindicato, é parar as atividades a partir das 6h de hoje.
O Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), que tem como base todos os aeroportos com exceção de São Paulo, Porto Alegre, Manaus e Pernambuco, também aderiu ao movimento e deve fechar as portas.
Pilotos e comissários de voo, por outro lado, decidiram, em assembleia, não aderir à greve geral desta sexta-feira, segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA).
“Graças à mobilização da categoria, que havia decretado Estado de Greve na última segunda-feira, o Sindicato Nacional dos Aeronautas e representantes dos tripulantes, após intensa negociação, conseguiram avanços junto aos parlamentares na reforma trabalhista – o que irá evitar uma precarização sem precedentes para a profissão e, principalmente, preservará o nível de segurança de voo para todos”, afirma o sindicato, em nota.
O sindicato confirma a adesão da categoria à greve contra as reformas trabalhista, previdenciária e a terceirização geral.
O sindicato aprovou o indicativo de greve no início de abril.