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Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2012 às 11h46.
São Paulo - Testemunhas do desabamento de três prédios, ocorrido na noite de quarta-feira no centro do Rio de Janeiro, fizeram relatos sobre os momentos que antecederam o acidente e sobre potenciais vítimas que ainda trabalham no local quando os prédios cairam.
Equipes da Defesa Civil Municipal, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar estão trabalhando no isolamento da área e na procura de possíveis vítimas. No saguão de um dos prédios funcionava uma agência do Banco Itaú e uma padaria. Nas proximidades também ficam o tradicional Bar Amarelinho, que reúne políticos, artistas e jornalistas há décadas.
Confira abaixo depoimentos dados por testemunhas do acidente a agências de notícias:
Marcelo Ferreira
Dono de uma ótica que funcionava no 12º andar, ele saiu do edifício por volta das 19h30 junto com o sócio. “Havia muito gente no prédio”, informou Ferreira em entrevista à Agência Brasil.
Roberto Monteiro
Ele trabalhava em uma empresa de informática no 10º andar, disse que 12 funcionários estavam no local. “Eles participavam de um treinamento interno que terminava às 21h. “Agora estamos dando apoio aos parentes e aguardando o trabalho dos bombeiros, rezando que haja sobreviventes”, acrescentou.
Vitor Ferreira
O diagramador, que trabalhava em uma firma de tradução no 8º andar, disse que ao sair ontem, por volta das 18h30, ficaram seis pessoas na empresa. Em entrevista à Agência Brasil, ele recordou que viu poeira e pedaços de carvalho caindo pelo vão do elevador e que durante o dia houve movimentação nas obras. “Durante todo dia ouvi barulho de serra e marretada”, afirmou.
Everton Assunção Ferreira
O contador Everton Assunção Ferreira, que trabalhava com o pai em um escritório de contabilidade no 7º andar de um dos prédios que ruiu no centro do Rio, contou que 30 minutos após ter saído do edifício ouviu no rádio do carro a notícia do desabamento. O pai dele havia ficado no escritório. "Voltei imediatamente ao prédio, mas por causa do bloqueio das ruas pela polícia, não tive mais notícias dele. É bom ressaltar que o prédio estava em péssimas condições de manutenção", afirmou ele em declaração à Agência Estado.
Orlando Silvino
O bancário de 52 anos estava em companhia de um amigo na lanchonete de produtos naturais no térreo de um dos edifícios. "O meu amigo foi ao prédio entregar um documento quando ouvi um estrondo num dos andares onde havia uma obra. Começaram então a cair pedras e a subir muita poeira. Não tive mais notícias dele", disse.
Débora Marconi
Hospedada em frente ao Edifício Liberdade, um dos que desmoronou, Débora disse à Agência Estado que pedaços do prédio caíram antes de a estrutura vir abaixo por completo. Segundo ela, pelo menos três andares do edifício "estavam em obras há muito tempo."
Ricardo Santos
Ricardo Santos, de 50 anos, que trabalha em uma empresa de engenharia vizinha ao Edifício Liberdade, havia acabado de sair da lanchonete do térreo quando houve o desabamento. "Estava bem perto do prédio quando comecei a ouvir barulhos. Parecia que estavam caindo pedras dos últimos andares. O edifício estava tombando na minha direção", afirmou ele à Agência Estado.