Os ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Paulo Whitaker/Reuters)
Valéria Bretas
Publicado em 29 de fevereiro de 2016 às 13h16.
São Paulo – Distante da metade do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff e sem nenhuma liderança de peso em vista, a cúpula do Partido dos Trabalhadores (PT) tem colocado a ideia da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva nos holofotes das eleições presidenciais de 2018.
No entanto, as pesquisas mostram que essa possibilidade pode ir por água abaixo.
Na pesquisa mais recente realizada pelo Instituto Datafolha, Lula lidera (com folga) a rejeição do eleitorado brasileiro.
Já no placar das intenções de voto, quase metade dos entrevistados afirma que não votaria em Lula de jeito nenhum. A série histórica dos levantamentos do instituto revela que a impopularidade do ex-presidente cresce desde novembro do ano passado.
Um outro levantamento, também realizado pelo Datafolha, aponta que a maioria da população acredita que o ex-presidente petista foi beneficiado por construtoras nas obras do tríplex no Guarujá (SP).
Ainda assim, em um cenário com Fernando Henrique Cardoso (FHC) e Getúlio Vargas, Lula é citado como o melhor presidente do Brasil
Na festa de 36 anos do Partido dos Trabalhadores (PT), realizada no último fim de semana, Lula desafiou a oposição a lançar um candidato competitivo em 2018. “Se quiserem voltar ao poder, se preparem para 2018 e vamos disputar democraticamente”.
“Quando deixei a presidência, pensei em sair do Brasil para deixar a Dilma governar. [...] pode estar certo de que se for necessário e vocês entenderem que é necessário para a manutenção do projeto, estarei com 72 anos e tesão de 30 para ser presidente da República", emendou o petista.
Nos gráficos, você vê alguns números que mostram que a candidatura de Lula pode não ser tão bem-vinda assim.