Brasil

Os números da malha de ônibus em São Paulo

O prefeito Fernando Haddad suspendeu a licitação dos ônibus na capital paulista e promete debater antes de fechar novamente. Confira o tamanho do que está em jogo


	Ônibus em São Paulo: licitação de R$ 46,3 bilhões seria a maior da história da prefeitura
 (Wikimedia Commons)

Ônibus em São Paulo: licitação de R$ 46,3 bilhões seria a maior da história da prefeitura (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2013 às 13h50.

São Paulo - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), anunciou ontem que vai suspender a licitação dos ônibus da capital paulista para promover maior "participação popular" no processo. A licitação traria um contrato de 15 anos com um custo de R$ 46,3 bilhões de reais e seria a maior da história da Prefeitura da cidade.

O processo de renovar os contratos foi adiado, mas as negociações terão de ser retomadas. As últimas assinaturas foram feitas há dez anos, na gestão da também petista Marta Suplicy. Enquanto a licitação está suspensa até que "a caixa preta dos transportes" seja aberta e haja mais transparência nos processos, confira o que está em jogo no contrato da administração dos ônibus de São Paulo.

1995: fundação da SPTrans, empresa de economia mista, fiscaliza o sistema de ônibus. As linhas são operadas por empresas privadas.

55% das viagens motorizadas em São Paulo são feitas em transporte coletivo.

A malha da SPTrans teve 2,9 bilhões de passageiros em 2012, sendo que 56% deles vieram de concessionárias (ônibus) e 44% das permissionárias (cooperativas de perueiros).

Até abril de 2013, 945 milhões de pessoas foram transportadas. A média é de 6 milhões de passageiros por dia útil.

Nos últimos cinco anos, houve um aumento de 6,77% no número de passageiros. O número de veículos cadastrados no período de 2007 a 2012, por sua vez, aumentou 0,4%.

Atualmente, são 15.025 veículos trafegando em 1.321 linhas por 10 corredores de ônibus. São Paulo conta com uma malha de 130km de corredores, mas a prefeitura promete que, até 2025, serão 460km no total.

Os ônibus têm uma idade média de 5 anos e 6 meses.

E o valor das passagens variou com o tempo e a inflação: em 1994, ela custava R$ 0,50. Em 2011, R$ 3,00. Em 02 de junho de 2013, passou a custar R$ 3,20. Com os protestos, o aumento foi suspenso e, em 24 de junho, ela voltou a custar R$ 3,00.

R$ 1.897,54 é o salário médio de um cobrador. O motorista, por sua vez, ganha entre R$ 1.797,40 R$ 3.094,37.

Todo mês, a rede dá um custo programado de R$ 516 milhões. Só os gastos com gasolina diesel podem chegar a R$ 82,3 milhõesCada passageiro, portanto, custa ao governo R$ 4,12 por viagem - descontados os R$ 0,01 que se angaria com publicidade nos ônibus. Isso significa um subsídio de R$ 1,12 por passageiro por viagem.

Para manter a tarifa em R$ 3,00, o governo calculou um gasto de R$ 1,5 bilhão por ano.

Fonte: SPTrans

Acompanhe tudo sobre:Fernando HaddadLicitaçõesÔnibusPolítica no BrasilPolíticos brasileirosPrefeitosTransporte públicoTransportestransportes-no-brasil

Mais de Brasil

Homem-bomba gastou R$ 1,5 mil em fogos de artifício dias antes do atentado

O que muda com projeto que proíbe celulares nas escolas em São Paulo

Haddad se reúne com cúpula do Congresso e sinaliza pacote fiscal de R$ 25 bi a R$ 30 bi em 2025

Casos respiratórios graves apresentam alta no Rio e mais 9 estados