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Oposição vai ao TCU "expressar apoio"

Senadores e deputados de partidos de oposição visitaram o TCU para "manifestar apoio" ao órgão de fiscalização


	Tribunal de Contas da União (TCU)
 (Divulgação/TCU)

Tribunal de Contas da União (TCU) (Divulgação/TCU)

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2015 às 17h04.

Brasília - Senadores e deputados de partidos de oposição visitaram nesta terça-feira o Tribunal de Contas da União, para "manifestar apoio" ao órgão de fiscalização, que na quarta-feira deve julgar as contas do governo da presidente Dilma Rousseff de 2014. 

"Nós não viemos aqui interferir no mérito da decisão que deverá ser tomada, mas apenas garantir que o Tribunal de Contas pode fazer aquilo que faz com que a sua existência se justifique: atuar com independência, com isenção, com base em pareceres técnicos", afirmou o senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente do PSDB, após se reunir com o presidente do TCU, ministro Aroldo Cedraz.

Na véspera, o TCU anunciou que manteria o julgamento das contas do governo de 2014 na quarta-feira, mesmo após o governo ter pedido o afastamento do relator do caso, ministro Augusto Nardes, em investida que poderia fazer com que a apreciação do polêmico balanço anual fosse novamente adiada.

Após avaliar o pedido da Advocacia Geral da União (AGU) como uma "tentativa de intimidação", Aécio condenou ainda a possibilidade de o governo levar o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF), movimento que foi adiantado na segunda-feira pelo advogado-geral da União, Luís Inácio Adams.

"Levar essa questão ao Supremo é mais uma vez adiar essa decisão. Quem tem a qualificação técnica para fazer a análise ... é o Tribunal de Contas. Esse recurso já é uma confissão prévia de derrota."

Uma eventual rejeição das contas do governo daria força a pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso.

Aécio negou que a presença da oposição no TCU representasse uma politização de um julgamento que deveria ser apenas técnico --argumento que vem sendo utilizado pelo governo para refutar ilegalidade em sua conduta contábil, apontado que as mesmas práticas questionadas pelo TCU já tinham sido adotadas por outros governos no passado. O senador Cássio Cunha Lima (PSBD-PB), líder do PSDB no Senado, afirmou que os parlamentares não pediram nada ao presidente do TCU, tendo apenas expressado seu apoio à instituição.

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