Sessão do Congresso: o líder da oposição enfatizou que a DRU é o único ponto de convergência com o governo porque o objetivo não é "flertar com o abismo" (Lula Marques/Agência PT)
Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2015 às 16h50.
Brasília - O líder da minoria na Câmara dos Deputados, Bruno Araújo (PSDB-PE), disse na tarde desta terça-feira, 17, que a oposição vai tentar obstruir a sessão do Congresso Nacional de apreciação de vetos presidenciais.
O objetivo é evitar que o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), autorize a votação ainda hoje da mudança da meta fiscal, que acaba de ser aprovada na Comissão Mista de Orçamento (CMO).
Bruno Araújo argumenta que o governo gastou além do que deveria pela segunda vez e que o objetivo dos oposicionistas é protestar contra o comportamento do Executivo. "É o segundo ano consecutivo que o governo diz que errou nas posições", criticou.
Enquanto conversava com jornalistas, Bruno foi abordado pelo líder do governo, José Guimarães (PT-CE), para falar sobre o início das discussões na comissão especial da PEC que prorroga a Desvinculação das Receitas da União (DRU).
A oposição fez um acordo com os governistas para aprovar a prorrogação da DRU. "Aqui não tem briga de galo, não tem mata-mata", resumiu o petista. "Pena que o governo só apresenta ao País matéria de aumento de carga tributária", disse Bruno.
O líder da oposição enfatizou que a DRU é o único ponto de convergência com o governo porque o objetivo não é "flertar com o abismo".
Ele criticou a demora do Executivo em apresentar a PEC e por isso prevê que o governo não terá os recursos da DRU em janeiro e fevereiro.
O pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, no entanto, ainda é prioridade dos oposicionistas, ressaltou o tucano. "Impeachment continua sendo nossa pauta".