Brasil

Oposição protocola requerimento para CPI da Previdência

Com 46 assinaturas, o requerimento solicita a criação de uma CPI que analise os números da Previdência no Brasil e identifique casos de fraudes e sonegações

Paulo Paim: autor do requerimento, o senador do PT disse não acreditar que os colegas vão retirar as assinaturas de modo a impedir a criação da CPI (Beto Oliveira/Senado/Divulgação)

Paulo Paim: autor do requerimento, o senador do PT disse não acreditar que os colegas vão retirar as assinaturas de modo a impedir a criação da CPI (Beto Oliveira/Senado/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 21 de março de 2017 às 18h34.

Senadores de oposição protocolaram hoje (21), na Mesa Diretora do Senado, um requerimento do senador Paulo Paim (PT-RS) para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência Social.

O objetivo da CPI será analisar os números da Previdência no Brasil e identificar casos de fraudes e sonegações que venham colaborando para o rombo nas contas da seguridade social.

"O objetivo é mostrar que há superávit, combater a fraude, a sonegação, combater a corrupção. Vamos ver quem são os 500 maiores devedores e quanto devem", disse o autor do requerimento após o protocolo.

O requerimento tem 46 assinaturas de senadores - o mínimo necessário para que a comissão seja instalada é 27.

No entanto, após a leitura do requerimento ao plenário do Senado, os senadores que apoiaram a criação da CPI terão até a meia-noite para retirar os apoiamentos se desejarem.

Não há previsão se a leitura será feita ainda hoje ou amanhã (22).

Otimista, Paim disse não acreditar que os colegas vão retirar as assinaturas de modo a impedir a criação da CPI.

"Estou convicto que essa CPI será instalada no mês de abril", disse.

Para a senadora Fátima Bezerra (PT-RN), que acompanhou o autor do requerimento, a CPI vai ajudar a provar o argumento da oposição, que é contrário à reforma da Previdência, de que os números que estão sendo apresentados pelo governo não estão corretos.

"A CPI será um instrumento importante para fortalecer a luta contra a proposta da Previdência que aí está e vai permitir passar a limpo esse argumento falacioso do governo de dizer que há rombo, déficit. É a hora da verdade prevalecer", disse.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse, em oportunidades anteriores, que o governo não trabalhará pela retirada das assinaturas e nem pelo impedimento da instalação da CPI.

Na opinião dele, a investigação provará que os números apresentados pelo Ministério da Previdência estão corretos e vai colaborar para a aprovação da reforma.

Acompanhe tudo sobre:Oposição políticaPT – Partido dos TrabalhadoresReforma da PrevidênciaSenado

Mais de Brasil

Gestão Pochmann quer que sindicato de servidores do Instituto não use mais sigla IBGE no nome

AGU recorre de decisão do TCU que bloqueia verbas do programa Pé de Meia

Investigada no caso Deolane, Esportes da Sorte é autorizada a operar apostas no Brasil

Tempestade atinge Centro-Sul do país em meio à onda de calor nesta quinta-feira; veja previsão