Fila do Bolsa Família: para o líder da minoria na Câmara, presidente da Caixa deve ser responsabilizado pelos tumultos ocorridos entre os dias 18 e 19 de maio (Anderson Schneider/Veja)
Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2013 às 19h46.
Brasília - Apesar da investigação da Polícia Federal concluir que a onda de boatos sobre o fim do programa Bolsa Família teve origem espontânea e que não houve nenhuma contravenção penal no caso, a oposição estuda uma ação contra a Caixa Econômica Federal e a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos). PSDB, PPS e DEM questionam a Caixa por ter antecipado o pagamento do benefício e a ministra por ter sugerido, em uma rede social, que os partidos de oposição estariam por trás da boataria.
Para o líder da minoria na Câmara dos Deputados, Nilson Leitão (MT), o presidente da Caixa, Jorge Hereda, deve ser responsabilizado pelos tumultos ocorridos entre os dias 18 e 19 de maio em 12 Estados do País. "Por que o presidente da Caixa mentiu publicamente e disse que nada estava acontecendo? Que espontaneidade é essa?", apontou Leitão, referindo-se à liberação antecipada dos pagamentos. "Ele tem de responder criminalmente", defendeu. "Espontâneo por não ter sido orquestrado, mas foi responsabilidade do próprio governo e da Caixa", comentou no Twitter o presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP).
Já o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), disse que cabe uma representação contra o banco e a ministra Maria do Rosário, esta última por ter "colocado o problema no colo das oposições" e por ter "vestido a camisa do partido". "Ficou claro que o erro foi a Caixa ter antecipado e a ministra ter caluniado as oposições", concluiu. Segundo Caiado, a PF sabia desde o início das investigações que a Caixa Econômica falhou no processo e que os boatos eram dispersos, que seria difícil apontar a origem da boataria.
Os líderes da oposição vão se reunir na próxima segunda-feira, 15, com a assessoria jurídica dos partidos para definir quais medidas poderão ser tomadas.