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Oposição de empresários muda a discussão sobre a reforma sindical

Posição do empresariado reduz as chances de aprovação imediata da reforma, mas dá mais maturidade ao debate, na avaliação do ex-ministro do Trabalho Edward Amadeo

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 14h58.

A forte oposição dos empresários ao projeto de reforma sindical, encaminhado no início de março pelo governo ao Congresso, diminuiu a possibilidade de aprovação imediata do texto. Na opinião do economista Edward Amadeo, ex-ministro do Trabalho e sócio da consultoria Tendências, a mobilização empresarial já traz um resultado positivo para a sociedade. Segundo ele, o debate ganhará mais consistência.

"Até hoje, as reformas sindical e trabalhista eram temas discutidos no âmbito técnico dos sindicatos e associações patronais", afirma Amadeo, em relatório desta quinta-feira (17/3). Idealizada para facilitar as relações entre trabalhadores e empresários, a reforma proposta pelo Executivo, se aprovada, causará o efeito contrário. Segundo os críticos, o projeto aumentará o poder de intervenção do Estado e deteriorará a colaboração entre sindicatos e associações empresariais (se você é assinante, leia reportagem de EXAME sobre a reforma sindical).

Segundo Amadeo, o mais recomendável para o empresariado é discutir a reforma trabalhista em conjunto com a sindical. "Com isso, aumentam as chances de as reformas entrarem em pauta mais maduras no futuro", diz.

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