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Oposição calcula já ter 35 nomes em chapa alternativa

Pela manhã, deputados da oposição discutiam o nome que dariam à chapa. Houve sugestões de "Amo o Brasil", "Chapa Ulysses" e "Chapa Tancredo"


	Vista geral do Plenário da Câmara dos Deputados: a oposição analisou a carta endereçada ontem por Michel Temer à presidente como sinal claro de rompimento
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Vista geral do Plenário da Câmara dos Deputados: a oposição analisou a carta endereçada ontem por Michel Temer à presidente como sinal claro de rompimento (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2015 às 13h09.

Brasília - Deputados da oposição e governistas dissidentes reuniram-se na manhã desta terça-feira, 8, para discutir a composição da chapa alternativa que disputará com a governista a composição da comissão especial que decidirá sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O grupo contabiliza ter 35 nomes de 11 partidos, que incluem oposicionistas (DEM, PPS, PSDB, SD e PSC), governistas (PP, PSD, PMDB e PTB), além do nanico PHS e do recém-lançado PMB.

O líder do DEM, Mendonça Filho (PE), calcula que a chapa dissidente pode chegar a 39 nomes, caso atraia a indicação dos quatro representantes do PSB, que discute nesta manhã a chapa que integrará.

Pela manhã, deputados da oposição discutiam o nome que dariam à chapa. Houve sugestões de "Amo o Brasil", "Chapa Ulysses" e "Chapa Tancredo".

Carta

A oposição analisou a carta endereçada ontem pelo vice-presidente Michel Temer à presidente Dilma Rousseff como sinal claro de rompimento.

"Politicamente falando, não tem como interpretar de outra maneira", disse Mendonça Filho.

Para o líder do DEM, o PMDB "foi massacrado dentro do governo" e a emissão da carta e seu vazamento só ocorreram em resposta às declarações feitas por Dilma pela manhã, quando ela disse confiar em Temer.

"Ele foi provocado. De forma primária, a presidente o constrangeu ontem. O governo foi desleal com ele e com o PMDB", disse Mendonça Filho, para quem, se não fosse o PMDB, Dilma não teria sido eleita e o ajuste fiscal não teria sido aprovado no Congresso.

Na carta vazada ontem à noite à imprensa, o vice diz que nunca teve a confiança da presidente.

A carta foi recebida pelo Planalto como mais um passo do PMDB em direção ao rompimento com o governo.

Ontem, o então ministro da aviação civil, Eliseu Padilha, homem ligado ao vice, entregou ao governo sua carta de demissão.

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