Brasil

Operações contra crimes nas fronteiras serão permanentes

Na sétima edição da operação Ágata, lançada há dez dias, participam cerca de 2.500 militares e 10 mil policiais de dez diferentes agências reguladoras


	O vice-presidente do Brasil, Michel Temer: segundo Temer, o uso do aparato militar nas fronteiras "afugenta as organizações criminosas e reduz os ilícitos".
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

O vice-presidente do Brasil, Michel Temer: segundo Temer, o uso do aparato militar nas fronteiras "afugenta as organizações criminosas e reduz os ilícitos". (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2013 às 16h37.

Rio de Janeiro - O vice-presidente Michel Temer anunciou nesta segunda-feira que o Governo dará continuidade às mega operações que as Forças Armadas realizam nas fronteiras, como a lançada há dez dias e que atualmente mobiliza cerca de 34.500 militares, policias e promotores.

"Essas ações conseguiram reduzir os crimes além das fronteiras e, por isso, serão constantes", afirmou Temer, que é responsável pela coordenação do Plano Estratégico de Fronteiras, em sua visita nesta segunda-feira a um batalhão de infantaria em Foz do Iguaçu.

Temer se referiu especificamente às operações de combate contra ilícitos como a Ágata e a Sentinela, que as Forças Armadas organizam periodiamente e que mobilizam milhares de pessoas e materiais para combater crimes como o narcotráfico, o contrabando, o tráfico de pessoas e armas, a mineração ilegal e a imigração irregular.

Na sétima edição da operação Ágata, lançada há dez dias, participam cerca de 2.500 militares e 10 mil policiais de dez diferentes agências reguladoras em operações de vigilância e de fiscalização ao longo dos 16.886 quilômetros de fronteira terrestre do Brasil com 10 países vizinhos.

O objetivo da sétima edição da operação é garantir a segurança durante a Copa das Confederações, que o Brasil organizará em junho, e da visita que o papa Francisco fará ao país em julho para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

Segundo Temer, as operações deixarão de ter objetivos específicos para assumir um caráter permanente.


"Os únicos que reclamam dessas operações são os que estão na ilegalidade", afirmou o vice-presidente em um pronunciamento realizado durante sua visita à sede do XXXIV Batalhão de Infantaria Motorizada em Foz do Iguaçu.

Segundo Temer, o uso do aparato militar nas fronteiras "afugenta as organizações criminosas e reduz os ilícitos".

Na visita à unidade militar, Temer foi informado sobre os resultados parciais da Operação Ágata 7, segundo um comunicado do Ministério da Defesa.

De acordo com o chefe de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa, Tenente-Brigadeiro do Ar Ricardo Machado Vieira, a nova operação mobilizou até agora 33.563 militares e 1.090 fiscais promotores de agências governamentais.

O oficial acrescentou que a operação foi reforçada entre as cidades de Guaíra, na fronteira com o Paraguai, e Chuí, na fronteira com o Uruguai, por voos de Veículos Aéreos não Tripulados (Vant ou drones) operados tanto pela Polícia Federal como pela Força Aérea.

Os voos "permitiram fazer mapas de regiões nas quais ocorrem operações ilícitas e utilizar os dados para reprimir tais crimes", segundo o comunicado do Ministério.

Antes de lançar a Operação Ágata 7, o Governo brasileiro manteve contatos com as autoridades dos dez países.


O Brasil faz limite com a Guiana Francesa, Guiana, Suriname, Venezuela, Colômbia, Bolívia, Peru, Paraguai, Argentina e Uruguai.

Para a nova operação, a sétima desde 2011, o Exército empregou aviões, carros blindados e veículos ligeiros para o transporte de tropas.

A Marinha desdobrou navios de patrulha fluvial, lanchas e helicópteros UH-12, e navios de assistência hospitalar, e a Força Aérea empregou os caças Súper Tucano (A-29) e F 5EM, aviões radares, helicópteros e seus VANT. 

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