Rui: de acordo com ele, a 34ª fase da Operação Lava Jato, denominada Arquivo X, deveria se chamar "Operação Boca de Urna", uma vez que acontece às vésperas das eleições municipais (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2016 às 13h19.
São Paulo - O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou na manhã desta quinta-feira, 22, que a prisão do ex-ministro Guido Mantega é "arbitrária, desumana e desnecessária".
De acordo com ele, a 34ª fase da Operação Lava Jato, denominada Arquivo X, deveria se chamar "Operação Boca de Urna", uma vez que acontece às vésperas das eleições municipais.
Falcão lembrou que Mantega é ex-ministro, tem endereço fixo e nunca se negou a dar esclarecimentos, sendo assim midiática a prisão em um hospital. Um pouco depois da declaração dada por Falcão, o juiz Sérgio Moro revogou a prisão do ex-ministro.
Na opinião do presidente do PT há também um "excesso de coincidências" nas ações da Lava Jato. Além da proximidade das eleições para a deflagração da nova fase, ele citou o fato de o juiz Sérgio Moro ter recebido a denúncia contra o ex-presidente Lula na terça-feira, 20, no mesmo dia em que Lula realizava uma teleconferência no lançamento da campanha "Stand With Lula" (Eu defendo Lula) organizada pela Confederação Sindical Internacional (UTC/CSI) em Nova York.
Sobre as suposições apresentadas nesta quinta-feira, de que haveria repasses de verbas para o PT, o partido respondeu: "O PT refuta as ilações apresentadas. Todas as operações financeiras do partido foram realizadas estritamente dentro dos parâmetros legais e posteriormente declaradas à Justiça Eleitoral".