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Operação busca suspeitos de furtar petróleo da Petrobras no Rio

De acordo com o Ministério Público, no ano passado o grupo desviou 14 milhões de litros e causou um prejuízo de R$ 33 milhões à empresa

Petrobras: a quadrilha teria atuado entre junho de 2015 e março deste ano (foto/Divulgação)

Petrobras: a quadrilha teria atuado entre junho de 2015 e março deste ano (foto/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 16 de março de 2017 às 10h42.

A Polícia Civil e o Ministério Público (MP) do Estado do Rio de Janeiro cumprem hoje (16) 11 mandados de prisão preventiva contra acusados de furtar petróleo e combustíveis de dutos da Petrobras, na Baixada Fluminense.

De acordo com o MP, em 2016, o grupo desviou 14 milhões de litros e causou um prejuízo de R$ 33 milhões à empresa.

Além dos mandados de prisão, a 3ª Vara Federal Criminal de Duque de Caxias, na Baixada, expediu 26 mandados de busca e apreensão.

Os agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MP cumprem mandados nos estados do Rio de Janeiro, de São Paulo e Minas Gerais. O Núcleo de Inteligência para Derivações Clandestinas da Petrobras apoiou as investigações.

Os acusados foram denunciados à Justiça pelos crimes de organização criminosa para a prática de furto qualificado de combustível e de petróleo cru. A quadrilha teria atuado entre junho de 2015 e março deste ano.

Segundo o MP, eles utilizavam a técnica da trepanação, que consistia na instalação de uma derivação clandestina na tubulação perfurada sem que haja a necessidade de fechar o abastecimento do produto.

Ligações clandestinas foram instaladas em vários pontos da tubulação, em Caxias, Magé e Nova Iguaçu, inclusive próximo ao Arco Metropolitano.

A organização se dividia em três grupos: um sediado no Rio, outro em São Paulo e um terceiro em Minas Gerais. O MP acredita que o núcleo fluminense, responsável por perfurar os tubos, retirar os combustíveis e vendê-los para outros estados, era chefiado por um ex-vereador de Duque de Caxias, Denilson Silva Pessanha (conhecido como Maninho e Carioca).

Os núcleos nos outros estados eram responsáveis pela receptação do combustível. Eles tinham, inclusive, refinarias para processar o óleo cru, segundo a denúncia do MP.

Entre os presos há também proprietários de postos de combustíveis, que sabiam da origem ilícita do produto e mesmo assim o revendiam, e pessoas que arrendavam os terrenos onde as perfurações ocorriam.

Alguns integrantes da quadrilha já respondem por furto qualificado de combustível em processos isolados nas Comarcas de Magé e Vila Inhomirim. Maninho responde por crimes de tentativa de homicídio e tortura, entre outros, na Comarca de Duque de Caxias.

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