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Opção de Dilma por consultar MP é surrealista, diz oposição

Lideranças da oposição criticaram intenção da presidente Dilma de consultar Ministério Público para confirmar nomeação de novos nomes para seu ministério


	Dilma: parlamentares afirmaram que a iniciativa da presidente é "surrealista" e "sem lógica"
 (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

Dilma: parlamentares afirmaram que a iniciativa da presidente é "surrealista" e "sem lógica" (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2014 às 14h48.

Brasília - Lideranças da oposição no Congresso criticaram a intenção da presidente Dilma Rousseff, anunciada nesta segunda-feira, de consultar o Ministério Público para confirmar a nomeação de novos nomes para seu ministério.

Parlamentares afirmaram que a iniciativa é "surrealista" e "sem lógica".

"Isso revela que chegamos a uma situação surrealista em termos de ética na administração pública, porque para a presidente ter que se socorrer ao MP para nomear é realmente algo que estarrece", afirmou o vice-líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR).

Para o tucano, a medida confirma que o governo está "apodrecido" em seu interior, uma vez que muitos governistas se envolveram no escândalo de corrupção que envolve a Petrobras.

Dias afirmou que o MP é um órgão independente e não auxiliar do Poder Executivo, que, destacou, tem seus próprios mecanismos para avaliar seus potenciais novos ministros.

O líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Ronaldo Caiado (DEM-GO), disse que a sugestão de Dilma aponta para uma "atitude totalmente bipolar" da presidente.

O deputado do DEM lembrou que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, cobrou a troca de toda a diretoria da Petrobras e, hoje, Dilma fez um pronunciamento elogioso e de defesa da manutenção da presidente da estatal, Maria das Graças Foster.

"Agora ela diz que vai consultar o MP para nomear os ministros? Não tem lógica o que ela está falando, ela está totalmente desconectada", disse Caiado.

"Ficou claro e evidente a falta de condições de ela exercer as funções de presidente da República, porque, na primeira crise, ela quer transferir sua nomeação para terceiros suas atribuições", completou.

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