Coronavírus: cerca de 2 milhões de pessoas vivem em todas as favelas cariocas (Fabio Teixeira/Getty Images)
Agência O Globo
Publicado em 3 de abril de 2020 às 10h55.
Última atualização em 3 de abril de 2020 às 21h47.
No Complexo do Alemão, que registrou na quarta-feira o seu primeiro caso de coronavírus, mais uma moradora está isolada em casa com suspeita de ter a doença. Ela é uma enfermeira de 36 anos, que trabalha num hospital particular e vive na localidade das Casinhas. A mulher fez o teste, mas aguarda o resultado. A prefeitura investiga casos suspeitos em pelo menos 11 favelas do Rio.
Com dores de cabeça, cansaço e febre, ela começou a sentir os sintomas em 13 de março. Quatro dias depois, decidiu se isolar em um cômodo da casa onde mora com o marido, além do filho de 9 anos e uma sobrinha de 14, ambos diagnosticados com asma e bronquite.
Aumento dos casos
O primeiro caso no Alemão foi o de uma mulher de 41 anos. Com esse, já são seis as comunidades do Rio com diagnóstico confirmado de moradores com a Covid-19. Os outros casos foram registrados na Cidade de Deus, na Zona Oeste; Mangueira, Manguinhos e Vigário Geral, na Zona Norte, e no Vidigal, na Zona Sul do Rio.
Atualmente, cerca de 2 milhões de pessoas vivem em todas as favelas cariocas. A Secretaria municipal de Saúde (SMS) investiga casos suspeitos no Rio das Pedras, Jacarezinho, Complexo do Lins, Jacaré, Acari, Complexo do Caju, Complexo da Maré, Complexo da Pedreira, Complexo do São Carlos, Vilar Carioca e no Morro da Rocinha. Estima-se que mais de um milhão de pessoas vivam nessas comunidades.