Drogas apreendidas: quase a metade da droga apreendida no Brasil provém da Bolívia, 40%, do Peru e, 10%, da Colômbia (Marcello Casal Jr/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 5 de março de 2013 às 08h32.
Viena - O governo brasileiro aumentou os recursos para a luta contra o narcotráfico e os programas de prevenção, reconheceu a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife) em seu relatório anual apresentado nesta terça-feira.
"A Jife toma nota de que o governo adotou importantes medidas para fortalecer sua capacidade de fazer cumprir a lei, em particular mediante o envio de aeronaves teleguiadas de vigilância, escâneres de contêineres e pessoas, e estabelecimento de um laboratório de análise de drogas", enumera o documento.
A junta também se refere ao investimento realizado em programas de prevenção do consumo de drogas e a criação de redes de tratamento e reabilitação.
Nesse aspecto, a Junta, que realizou uma visita de inspeção ao Brasil em 2012, recomenda às autoridades que estendam estes programas à população carcerária.
O órgão da ONU, que vela pelo cumprimento dos tratados internacionais contra as drogas, lembra que, por sua situação geográfica, o gigante sul-americano é uma das principais rotas de tráfico de cocaína.
As apreensões dessa droga caíram em 2011, o último ano do qual se tem dados ao respeito, para 24,5 toneladas, quase 10% a menos que o ano anterior.
Quase a metade da droga apreendida no Brasil provém da Bolívia, 40%, do Peru e, 10%, da Colômbia.
Os carregamentos de maconha aumentaram para 174 toneladas, 12% a mais que em 2010.
Em relação ao consumo, a Jife menciona no relatório dados de duas pesquisas realizadas por organismos oficiais e que apontam que 7% dos brasileiros de 19 a 59 anos provou maconha pelo menos uma vez na vida.
Embora as taxas de consumo sejam baixas, os estudos mostram que 37% dos que usam essa droga são viciados nela.
A Jife lembra que as pesquisas mostram que três quartos da população se opõe à legalização dessa substância.
Quanto à cocaína, a prevalência do consumo (o número de pessoas que declaram ter consumido a droga nos últimos 12 meses) é de 2% entre a população adulta.