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ONU promove campanha para coibir paquera agressiva

A Organização promove em meio à folia a campanha "Nesse carnaval, perca a vergonha, não perca o respeito", para coibir a paquera agressiva


	Bloco de Carnaval de rua no Rio de Janeiro
 (REUTERS/Pilar Olivares)

Bloco de Carnaval de rua no Rio de Janeiro (REUTERS/Pilar Olivares)

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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2015 às 21h30.

Rio - A Organização das Nações Unidas (ONU) promove em meio à folia a campanha "Nesse carnaval, perca a vergonha, não perca o respeito", na Sapucaí e em blocos do Rio, com o objetivo de coibir a paquera agressiva, que desrespeite o direito da mulher assediada de recusar a investida.

A entidade distribui ventarolas que reproduzem um "fluxograma da paquera", no qual o folião ou a foliona que abordam outros são incentivados a desistir caso não sejam bem- recebidos.

A campanha se contrapõe à propaganda da cerveja Skol veiculada no período pré-carnavalesco que causou polêmica por, na visão de mulheres, legitimar o estupro.

O slogan "Esqueci o não em casa" foi criticado por internautas nas redes sociais por causa da associação entre a ingestão de bebida alcoólica e a dificuldade de dizer "não".

Diante da controvérsia, a Ambev substituiu o então diretor de marketing, um homem, por uma mulher.

O material da ONU também orienta que vítimas denunciem abusos pelo número 180, do disque-denúncia da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR).

O fluxograma foi fixado em cerca de 5 mil ônibus da frota carioca, no aeroporto Santos Dumont, por onde chegam turistas para o carnaval.

Os slogans são "Ter pegada não é faltar com o respeito" e "Chega melhor quem chega direito".

A campanha é uma iniciativa do braço da ONU para mulheres, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids), a Organização Pan-americana de Saúde (Opas) e a Organização Mundial de Saúde (OMS), e o apoio institucional da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República e da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Rio de Janeiro.

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