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ONS reduz estimativa de chuvas em outubro

O nível dos reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste deverá cair dos atuais 22,09% para cerca de 19% ao final do mês


	Seca: baixa pluviosidade desde ano passado mantém represas do país em níveis baixos históricos
 (Nacho Doce/Reuters)

Seca: baixa pluviosidade desde ano passado mantém represas do país em níveis baixos históricos (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2014 às 15h47.

São Paulo - O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reduziu a estimativa de chuvas que deverão chegar aos reservatórios das hidrelétricas do país em outubro, com todas as regiões sofrendo afluências bem abaixo da média, com exceção do Sul.

A baixa pluviosidade desde o ano passado mantém as represas do país em níveis baixos históricos.

No Sudeste/Centro Oeste o nível já é o mais baixo entre as represas brasileiras desde o ano do racionamento, em 2001.

Segundo o Informe do Programa Mensal de Operação (PMO) do ONS divulgado nesta sexta-feira, as chuvas previstas em outubro para o Sudeste/Centro-Oeste, que concentra os principais reservatórios de hidrelétricas do país, deverão ser de 67 por cento da média histórica para o período.

Assim, o nível dos reservatórios dessa região deverá cair dos atuais 22,09 por cento para cerca de 19 por cento ao final do mês.

A redução do nível dos reservatórios do Sudeste ocorre quase que ininterruptamente desde junho de 2013, sendo que o período úmido 2013/2014 não conseguiu recuperar as represas.

O próximo período tradicionalmente chuvoso, de novembro a março, será crucial para evitar um problemas de suprimento de energia em 2015, dizem especialistas do setor.

No Norte, as chuvas que chegarão às hidrelétricas serão equivalentes a 67 por cento da média, e no Nordeste, a 38 por cento. Somente o Sul continuará com chuvas acima da média, a 147 por cento.

O ONS ainda elevou nesta sexta-feira a estimativa de aumento de consumo de carga de energia no país em outubro para alta de 2,4 por cento ante mesmo mês de 2013.

Anteriormente, na semana passada, o ONS estimava alta de 1,3 por cento no consumo neste mês.

Altas temperaturas elevam o uso de equipamentos de refrigeração e, como consequência, o consumo de energia.

A piora das perspectivas levou ao aumento do Custo Mensal de Operação (CMO) do sistema elétrico para uma média de 852,7 reais por megawatt-hora (MWh), em todas as regiões, indicando elevação do preço de energia de curto prazo (PLD) para a próxima semana.

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) deverá divulgar os valores do PLD para a semana de 18 a 24 de outubro ainda nesta sexta-feira.

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