Vista aérea do local da tragédia após o rompimento de uma barragem, em Bento Rodrigues, Minas Gerais: a administração municipal prevê que as barragens ao longo da bacia, que estão sendo esvaziadas para conter a onda, ajudem a diminuir a velocidade e a reter parte da lama (Christophe Simon/AFP)
Da Redação
Publicado em 9 de novembro de 2015 às 13h08.
Colatina - A onda de lama com rejeitos de minério da Samarco pode chegar à cidade de Colatina, no Espírito Santo, com altura de até 1,5 metro.
O município deve ser atingido nesta terça-feira, 10, e a projeção da prefeitura tem como base dados da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).
O governo do Espírito Santo montou um comitê de emergência para atender as cidades de Linhares, Baixo Guandu, além de Colatina.
O prefeito de Colatina, Leonardo Deptulski (PT), afirmou nesta segunda-feira, 9, que a cidade não deve atravessar problemas de inundação.
A lama, que se desloca pela calha do Rio Doce, atingiu a cidade de Governador Valadares, em Minas, e atingiu pico máximo de dois metros.
"Lá o Rio Doce é mais estreito, aqui a projeção de no máximo 1,5 metro está mantida pela CPRM e não teremos problemas de inundação", disse Deptulski.
A administração municipal prevê que as barragens ao longo da bacia, que estão sendo esvaziadas para conter a onda, ajudem a diminuir a velocidade e a reter parte da lama.
"Temos ainda mais duas barragens para chegar aqui", afirmou o prefeito de Colatina. Equipes da Defesa Civil Estadual e Municipal estão percorrendo o Rio Doce, para alertar a população ribeirinha e pescadores.
Também está prevista a suspensão da captação de água a partir da chegada da onda de lama, até que sejam feitas análises sobre o impacto na qualidade da água.
O abastecimento deve acontecer por meio caminhão-pipa. Outras cidades, como Linhares, também devem ceder água para o município.