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Okamotto diz que Lula cogitou aquisição do sítio em Atibaia

Presidente do Instituto Lula deu depoimento a Sérgio Moro como testemunha de defesa e disse que parte do acervo presidencial do petista ficaria no imóvel

Lula: segundo presidente do Instituto Lula, ex-presidente pensou em comprar o sítio como presente para dona Marisa (Mario Tama/Getty Images/Getty Images)

Lula: segundo presidente do Instituto Lula, ex-presidente pensou em comprar o sítio como presente para dona Marisa (Mario Tama/Getty Images/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de maio de 2018 às 16h50.

São Paulo - O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a ter a intenção de comprar o sítio Santa Bárbara, em Atibaia.

Ele ainda disse que parte do acervo presidencial do petista após o término de seu mandato ficaria no imóvel. Okamotto prestou depoimento ao juiz federal Sérgio Moro nesta segunda-feira, 7, como testemunha de defesa.

Ele foi questionado pela advogada de Fernando Bittar sobre um almoço em 2015, no Instituto Lula, no qual teria sido discutida a aquisição do sítio.

"Teve um almoço. Lula, Kalil, Fernando, não sei se o Fábio também. Esse tema tinha sido tratado. O presidente Lula, já há algum tempo, achava que tinha que comprar o sítio como presente para dona Marisa. Ele tinha um pouco de dúvida, mas tinha essa impressão", afirmou.

Okamotto também disse que, no final de 2010, o ex-ministro Gilberto Carvalho, afirmou a ele que "teria que providenciar a retirada do acervo presidencial". "Coisa que eu acabei fazendo, levei para a Granero, como muita gente sabe. Fui informado de que uma parte do acervo algumas peças seria levada para o sítio do Fernando".

O presidente do Instituto também diz ter frequentado o sítio "algumas vezes" por ter também um imóvel nas redondezas, sempre na presença de Fernando Bittar.

O caso envolvendo o sítio representa a terceira denúncia contra Lula no âmbito da Operação Lava Jato. Segundo a acusação, a Odebrecht, a OAS e também a empreiteira Schahin, com o pecuarista José Carlos Bumlai, gastaram R$ 1,02 milhão em obras de melhorias no sítio em troca de contratos com a Petrobras. A denúncia inclui ao todo 13 acusados, entre eles executivos da empreiteira e aliados do ex-presidente, até seu compadre, o advogado Roberto Teixeira.

O imóvel foi comprado no final de 2010, quando Lula deixava a Presidência, e está registrado em nome de dois sócios dos filhos do ex-presidente, Fernando Bittar - filho do amigo e ex-prefeito petista de Campinas Jacó Bittar - e Jonas Suassuna. A Lava Jato sustenta que o sítio é de Lula, que nega.

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