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“Ofensas não vão mudar os números” diz presidente da OAB

O presidente da OAB respondeu aos ataques de Eduardo Cunha, para quem "a OAB é um cartel".

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Coelho (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Coelho (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 7 de julho de 2015 às 12h09.

São Paulo – O presidente da OAB, Marcus Vinicius Coêlho, respondeu às críticas feitas por Eduardo Cunha, e disse que “ofensas e desacatos não vão mudar os números da opinião pública".

Na noite de ontem, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, fez duras críticas à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). "A OAB é um cartel, é um cartel de uma eleição indireta, de uma série de poder feito com movimento de milhões sem fiscalização. Então, a OAB tem que ser questionada em muitos pontos dela, a OAB precisa ser mais transparente", disparou Cunha.

O parlamentar atacou ainda o presidente da entidade, Marcus Vinicius Coêlho, por ele ter se manifestado contra a redução da maioridade penal e por ser próximo ao deputado petista Alessandro Molon (PT-RJ).

O ataque veio após a divulgação de uma pesquisa do Datafolha, encomendada pela OAB, segundo a qual 74% dos entrevistados se disseram contrários ao financiamento empresarial de partidos e políticos.

O resultado vai contra o posicionamento de Cunha, que trabalhou para a aprovação do financiamento privado das siglas, numa manobra que fez com o que tema fosse votado novamente, 24 horas após ter sido rejeitado pelo Plenário.

Sobre o levantamento divulgado pela OAB, Cunha disse que avaliará seu "grau de legitimidade".

Em resposta, o presidente da entidade afirmou: “A pesquisa é do Datafolha. Ela revelou os números, com a credibilidade que é detentora. As ideias devem brigar, não as pessoas. As instituições devem se respeitar. O debate de ideias e a divergência de opiniões são próprias de uma democracia. Ofensas e desacatos não vão mudar os números da opinião pública".

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