Índia: uma nova lei para ajudar minorias étnicas excluiu muçulmanos (P. Ravikumar/Reuters)
Da Redação
Publicado em 17 de dezembro de 2019 às 07h11.
Última atualização em 17 de dezembro de 2019 às 15h18.
A Odebrecht troca o comando em um momento crucial para a empresa. O atual presidente do grupo Luciano Guidolin será substituído por Ruy Sampaio, atualmente presidente do conselho de administração. A companhia tem uma assembleia de credores sobre a recuperação judicial agendada para quinta-feira, dia 19. Guidolin deverá se manter como membro de conselhos de administração de empresas operacionais controladas pelo Grupo Odebrecht. Já o papel de presidente do conselho de administração passará para José Mauro Carneiro da Cunha. Será a primeira vez que o conselho será presidido por um membro independente. O anúncio foi feito por Emílio Odebrecht, mandatário da Kieppe, holding familiar controladora da Odebrecht, após uma reunião da empresa em Salvador, BA.
Liminar garante, a O Globo, acesso à Prefeitura
Uma liminar concedida pela Justiça nesta segunda-feira garante a participação de jornalistas do Grupo Globo em eventos abertos à imprensa promovidos pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Na sua decisão, a juíza Alessandra Cristina Tufvesson, da 8ª Vara de Fazenda Pública, determina que o município “abstenha-se de impedir o acesso” dos jornalistas, sob pena de multa de 10.000 reais a cada descumprimento. A liminar é resultado de uma ação em que o Grupo Globo questionava a proibição por parte da prefeitura de Marcelo Crivella da entrada de seus jornalistas em agendas voltadas à imprensa.
O ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, disse nesta segunda-feira 16 que o governo não tem visto sinais de greve dos caminhoneiros pelo país, apesar de que alguns líderes, relacionados a sindicatos, planejam novas paralisações. “As informações que recebi são de que a situação está sob controle e não está causando nenhum problema ao ir e vir, à segurança energética e no setor econômico”, afirmou Albuquerque. A atenção a um possível movimento de caminhoneiros ocorre mais de um ano após uma histórica greve da categoria, em maio do ano passado, que gerou desabastecimento de combustíveis e diversos produtos. Albuquerque acrescentou que o governo criou um gabinete de acompanhamento para monitorar a situação nas estradas, em grupo que reúne as pastas de Minas e Energia, Infraestrutura, Casa Civil, Justiça e Gabinete de Segurança Institucional.
O presidente afirmou nesta segunda-feira (16), que não pretende trocar ministros em 2020, após circularem notícias no fim de semana sobre uma possível reforma ministerial no segundo ano de governo. “Não está previsto mudar. É como perguntar se está previsto eu me separar da minha mulher, não está previsto”, disse Bolsonaro a jornalistas na saída do Palácio da Alvorada, ao ser questionado sobre possíveis mudanças no ministério. Reportagem do jornal Folha de S.Paulo apontou no sábado que Bolsonaro pode trocar os ministros da Casa Civil (Onyx Lorenzoni), da Educação (Abraham Weintraub) e das Minas e Energia (Bento Alburquerque). Segundo o jornal, as mudanças devem ocorrer até fevereiro. No mesmo dia, Bolsonaro negou a informação e disse que “não tem nada que me leve a trocar um ministro que seja”.
O juiz Marcelo Gentil Monteiro, da 1ª Vara Federal Cível do Distrito Federal, decidiu estender até segunda-feira 23 o prazo para que a Polícia Rodoviária Federal volte utilizar radares móveis nas rodovias do país – a data inicial era esta segunda-feira, 16, mas a corporação alegou que havia dificuldades operacionais para cumprir a decisão. O uso de medidores de velocidade móveis e portáteis está suspenso desde agosto por decisão do presidente Jair Bolsonaro. No dia 11 de dezembro, o juiz atendeu a um pedido de liminar feito pelo Ministério Público Federal e entendeu que a falta dos radares pode causar danos à sociedade. “A urgência é patente, ante o risco de aumento do número de acidentes e mortes no trânsito em decorrência da deliberada não utilização de instrumentos escolhidos, pelos órgãos técnicos envolvidos e de acordo com as regras do Sistema Nacional de Trânsito, como necessários à fiscalização viária”, decidiu o juiz.
Economistas consultados pelo Banco Central elevaram a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano e para 2020. Segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 16, a economia brasileira deve avançar 1,12% em 2019. A estimativa anterior era de crescimento de 1,10%. Para 2020, a revisão, apesar de ainda mais ligeira – de 2,24% para 2,25% – foi a sexta consecutiva. Caso se confirme a previsão dos analistas econômicos, o PIB de 2019 deve ser superior o de 2018, que foi de 1,10%, mas ainda demonstrando lentidão para a retomada. No caso de 2020, o resultado mais robusto seria o melhor desde 2013, quando a economia cresceu 3%.
O relatório divulgado nesta segunda-feira também traz revisão na expectativa de inflação. Segundo o Focus, neste ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar em 3,86% – na semana passada a estimativa era de 3,84%. A expectativa segue abaixo da meta central, de 4,25%. O intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%. Para 2020, o mercado financeiro manteve em 3,60% sua previsão. No próximo ano, a meta central de inflação é de 4%, tendo tolerância entre 2,5% e 5,5%. A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2019 ficou estável em 4,15 reais por dólar.
Protestos em Nova Délhi
Protestos contra uma nova lei de cidadania da Índia, que impede a naturalização de muçulmanos, se espalharam por universidades do país nesta segunda-feira 16. Críticos da legislação acusam o governo nacionalista hindu de impor uma pauta de cunho religioso que se choca com os pilares da fundação do país. Segundo a lei aprovada pelo Parlamento na semana passada, minorias religiosa – como hindus e cristãos – de Bangladesh, Paquistão e Afeganistão que se estabeleceram na Índia antes de 2015 poderão pleitear cidadania por enfrentarem perseguição nesses países. Com exceção dos que seguem o islamismo. Segundo o governo, a nova lei visa ajudar os grupos minoritários que enfrentam perseguição nos três países.
Câmara apresenta pedido de impeachment
O Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos apresentou formalmente seu caso de impeachment contra o presidente Donald Trump em um documento de 658 páginas nesta segunda-feira. O republicano “traiu a nação ao abusar das funções de seu posto”, segundo a acusação. O relatório, que é muito similar a outros documentos produzidos durante os processos de impeachment contra os ex-presidentes americanos Richard Nixon e Bill Clinton, não contém novas provas contra Trump, mas apresenta detalhes e argumentos para que o republicano seja afastado do seu cargo. “O presidente Trump colocou seus interesses políticos e pessoas acima da nossa segurança nacional, de nossas eleições justas e livres, e de nosso sistema de pesos e contrapesos”, diz o documento.