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Odebrecht nega ter subornado a guerrilha das Farc

Segundo a Veja, dois executivos da empresa em depoimento admitiram os pagamentos, entre US$ 50 mil e US$ 100 mil por mês

 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

(Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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AFP

Publicado em 5 de março de 2017 às 16h15.

A construtora Odebrecht negou neste domingo ter repassado dinheiro durante 20 anos às Farc para garantir a segurança de suas obras na Colômbia, como afirmou no sábado a revista Veja.

"A Odebrecht desmente e confirma que a afirmação da Veja, segundo a qual a empresa teria realizado pagamentos a um grupo guerrilheiro colombiano, é uma especulação", indica a construtora em um comunicado enviado à AFP.

Segundo a Veja, dois executivos da empresa em depoimento admitiram os pagamentos, entre US$ 50 mil e US$ 100 mil por mês, em troca de "licenças" para a realização de obras nas áreas controladas pela guerrilha.

A medida foi adotada nos anos 1990, depois que as Farc sequestraram dois executivos da Odebrecht.

A empresa teria recorrido a um grupo americano especializado em zonas de conflito, que negociou a libertação dos reféns e, depois, sugeriu uma solução definitiva para evitar novos problemas desse tipo, relata a Veja.

Nos balanços da empresa, o chamado "imposto guerrilheiro" pago às Farc aparecia dentro das rubricas "custo operacional", ou "tributo territorial".

Esse acordo permitiu à Odebrecht realizar, entre outros trabalhos, a Rota do Sol. Essa autoestrada de mais de 500 km une o centro da Colômbia à costa do Caribe.

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