EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2013 às 17h32.
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, manifestou nesta terça-feira preocupação com o ritmo das obras nos seis estádios que precisam ficar prontos para a Copa do Mundo de 2014 e disse que é preciso intensificar os preparativos para que sejam finalizados até dezembro.
A Fifa determinou dezembro deste ano como prazo para a entrega das arenas em São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Cuiabá, Natal e Manaus.
"Nós temos condições de cumprir todos os prazos, mas o cumprimento dos prazos vai exigir um ritmo maior das obras em relação ao ritmo executado até o presente momento", disse Aldo durante audiência pública na Subcomissão Permanente da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016.
"Nós temos a ideia de que todos cumprirão os prazos, mas nós precisamos que haja uma intensificação do ritmo das obras para que o prazo de dezembro seja alcançado." O ministro disse que é importante que os estádios fiquem prontos em dezembro por causa da realização de eventos-teste, quando são observados o acesso aos estádios, mobilidade, segurança, funcionamento dos equipamentos internos e acessibilidade.
"Tudo isso precisa passar por várias fases de testes", afirmou Aldo.
Segundo o site do governo federal sobre a Copa de 2014, o estádio de São Paulo, sede da abertura da competição, é o mais avançado, com 84,42 por cento das obras finalizados, e o de Curitiba apresenta o ritmo mais lento, com 71,43 por cento concluídos.
A Fifa já afirmou diversas vezes que não vai tolerar atrasos para o Mundial, como os ocorridos na Copa das Confederações, realizada em junho. Dos seis estádios do torneio, apenas as arenas de Fortaleza e Belo Horizonte cumpriram o prazo de entrega, que era dezembro do ano passado. Salvador, Brasília, Recife e Rio de Janeiro entregaram suas arenas somente neste ano.
O ministro elogiou a organização brasileira da Copa das Confederações, marcada por manifestações populares em várias cidades do país e que atingiram "com muita força as seis sedes do torneio".
Aldo prevê que o Mundial também será um sucesso e destacou um trabalho da empresa de consultoria norte-americana Ernest Young, em cooperação com a Fundação Getúlio Vargas, segundo o qual a Copa tem potencial de geração de 3,6 milhões de empregos.
"Ainda segundo esse estudo, para cada real investido pelo setor público, a Copa gera 3,4 reais de investimento do setor privado. O BNDES, por exemplo, colocou à disposição uma linha de financiamento para a rede hoteleira de quase 1 bilhão de reais e praticamente esgotou", disse o ministro.